Capítulo 19: Verdades Inevitáveis

This entry is part 19 of 20 in the series Histórias Não Contadas



Sakura ficou parada na rua, o celular quente contra a palma da mão, o peso da mensagem de Kakashi ecoando em sua mente: “Sasuke está aqui. Não acho que seja bom você vir, pode piorar as coisas.” O céu acima de Konoha estava vermelho, o sol se pondo como uma ferida aberta, refletindo o caos em seu coração. À sua frente, a silhueta do Palácio do Hokage se erguia, imponente, um lembrete da responsabilidade que carregava como ninja e mãe. Atrás dela, a direção do hospital, onde Karin caminhava, carregando o peso de uma possível gravidez que poderia destruir tudo. A indecisão a paralisava, cada escolha um passo em direção ao desconhecido. Mas o medo de Sasuke fazer algo impulsivo – confrontar Kakashi, explodir em raiva, ou pior, voltar às trevas – venceu. Ela respirou fundo, os pulmões ardendo, e saltou de volta para os telhados, correndo em direção ao Palácio.

No saguão do Palácio do Hokage, o ar ainda carregava o cheiro de incenso e madeira polida, agora misturado à tensão residual do confronto com os Kages. Sakura aterrissou na entrada, o coração disparado, e correu para a recepção, onde o jovem chuunin que recebia as pessoas parecia ainda mais nervoso do que quando Sasuke chegara.

— Você viu o Sasuke? — perguntou, a voz firme, mas trêmula, os olhos verdes brilhando com urgência.

Antes que o chuunin pudesse responder, um suspiro pesado ecoou ao lado dela.

— Definitivamente, hoje não é meu dia… — murmurou Shikamaru, saindo de uma sala lateral, o celular ainda na mão, o rosto marcado por frustração e cansaço. Ele acabara de enviar a mensagem para Kakashi, tentando manter o controle de uma situação que parecia escapar a cada segundo. Ao ver Sakura, seus ombros caíram, como se o peso de Konoha inteiro estivesse sobre ele.

— Shikamaru! — exclamou Sakura, virando-se para ele, o alívio misturado à ansiedade. — O Sasuke tá aqui? Ele disse alguma coisa?

Shikamaru levantou a mão, pedindo calma, enquanto interrompia o chunin com um olhar.

— Sakura, vem comigo — disse, a voz baixa, mas firme. — Não é uma boa ideia você ficar aqui no saguão. Se ele te vir, isso pode virar um caos.

Ele apontou para o elevador, já caminhando em direção a ele.

— Vamos subir pro escritório do Kakashi. A gente precisa conversar.

Sakura hesitou, o coração apertado, mas assentiu, seguindo-o.

O elevador fechou com um zumbido suave, o espaço pequeno amplificando o silêncio tenso entre eles. Ela cruzou os braços, os dedos apertando o tecido da blusa, tentando conter a ansiedade.

— Shikamaru, onde tá o Sasuke? Ele falou alguma coisa? — perguntou sem olhar pra ele, a voz tremendo, o medo de que seu segredo com Kakashi tivesse sido exposto a consumindo.

Shikamaru suspirou, encostando-se na parede do elevador, o cigarro apagado girando entre seus dedos.

— Eu consegui acalmá-lo. Pelo menos por enquanto — disse, o tom seco, mas carregado de preocupação. — Ele tá numa sala de espera, mas não tá de bom humor. E, Sakura, todos nós sabemos que o Sasuke não é exatamente… estável.

Ele fez uma pausa, os olhos estreitando enquanto a encarava.

— Seria bom você e o Kakashi combinarem uma boa história. Porque, se ele está aqui, é porque descobriu algo. E ele não vai demorar pra ligar os pontos.

Sakura engoliu em seco, o rosto corando de vergonha.

— Você… sabe o que tá acontecendo? — perguntou, a voz quase um sussurro, o medo de que Shikamaru conhecesse seu caso com Kakashi a sufocando.

Shikamaru deu um meio-sorriso, cansado e irônico.

— Eu sei mais do que gostaria, Sakura. E me importo menos do que parece.

Ele cruzou os braços, o tom sério agora.

— A vida pessoal do Hokage é problema dele. Mas vira meu problema quando ameaça criar um escândalo no Palácio, ainda mais com os Kages aqui. — Ele fez uma pausa, o elevador tremendo levemente ao parar. — Tô fazendo malabarismo pra evitar que isso tudo desmorone. Não me importo com o que você e o Kakashi tão fazendo. Não acho exatamente certo, mas vocês são adultos, sabem das consequências. Só quero evitar um desastre. Então, vai pro escritório, conversa com ele, e resolvam isso antes que o Sasuke perceba que tô só ganhando tempo.

As portas do elevador se abriram, revelando Kakashi parado na entrada, o celular na mão, a máscara escondendo sua expressão, mas os olhos arregalados de surpresa ao ver Sakura.

— Sakura? — murmurou, a voz carregada de preocupação. Antes que ele pudesse dizer mais, Shikamaru praticamente empurrou Sakura para fora do elevador, o tom agora autoritário.

— Conversem. Combinem uma história. E, de preferência, não sejam vistos juntos pelo Sasuke. — Ele apontou para os dois, os olhos estreitos. — Eu vou falar com ele. Me avisem quando terminarem.

Kakashi e Sakura trocaram um olhar, aturdidos, mas assentiram. Shikamaru voltou para o elevador, as portas fechando com um clique seco enquanto ele apertava o botão, quase freneticamente, para fechar logo a porta, deixando-os sozinhos no corredor. Sakura respirou fundo, o coração disparado, e seguiu Kakashi até o escritório, a porta fechando atrás deles com um som que parecia selar seu destino.


Na sala lateral, Sasuke andava de um lado para o outro, os passos pesados ecoando no chão de madeira. A ansiedade o consumia, as palavras de Sakura girando em sua mente como um veneno. “Eu escolheria você. A gente simplesmente se encaixa.” Ele cerrou os punhos, o Sharingan desativado, mas o chakra denso, como uma tempestade prestes a explodir. Quando a porta se abriu e Shikamaru entrou, Sasuke parou, o olhar cortante. — Você demorou — disse, a voz fria, mas com um tom de urgência.

Shikamaru suspirou, fechando a porta atrás de si.

— Tive que falar com a Temari, pedir pra ela segurar os Kages na lanchonete um pouco mais — mentiu, a voz calma, mas em sua mente, um tom de ironia e decepção ecoava: “Ótimo, agora tô mentindo pra encobrir um problema que nem é meu…”

Ele apontou para a cadeira. — Senta, Sasuke. E me diz o que tá rolando. Com calma.

Sasuke hesitou, os olhos estreitando, mas a lógica de Shikamaru e sua reputação como conselheiro do Hokage o fizeram ceder. Ele sentou, os ombros tensos, e respirou fundo, a voz baixa, mas carregada de emoção.

— Antes de falar, quero sua palavra de que nada do que eu disser vai sair daqui. — O tom era quase uma ameaça, os olhos fixos em Shikamaru, como se procurassem qualquer sinal de traição.

Shikamaru levantou as mãos, o gesto conciliador.

— Sasuke, eu não me interesso pela vida dos outros. Tô aqui porque senti que precisava acalmar os ânimos. — Ele fez uma pausa, o tom firme. — Meu trabalho é proteger Konoha, e isso inclui evitar que você faça algo impulsivo. Pode confiar em mim. Fala.

Sasuke engoliu em seco, a confiança de Shikamaru quebrando sua guarda. Ele baixou o olhar, as mãos apertando os braços da cadeira.

— É sobre a Sakura — começou, a voz rouca. — Eu… eu tive um caso com a Karin. Por anos. Sakura descobriu, e eu terminei com a Karin hoje, porque quero preservar minha família, a Sarada, o clã Uchiha. — Ele fez uma pausa, os olhos brilhando com culpa e raiva. — Mas quando cheguei em casa, ouvi a Sakura no telefone. Ela disse que escolheria… outra pessoa. Que nunca fomos compatíveis. Que ela e esse alguém simplesmente se encaixam. — As palavras saíram pesadas, cada uma como um golpe. — Pensei que o Kakashi poderia saber de algo. Ele sempre foi próximo de nós, dos alunos dele.

Shikamaru ficou em silêncio, o coração apertado. Ele sabia que o “alguém” era Kakashi, mas não podia deixar isso escapar.

— Por que você não falou com a Sakura direto? — perguntou, o tom neutro, mas incisivo. — E, me diz, por que tá tão irritado? Você acabou de confessar que teve um caso. Não acha um pouco… hipócrita ficar bravo com ela por algo que você também fez?

Sasuke cerrou os dentes, o rosto pálido.

— É diferente — murmurou, mas a voz tremia, sem convicção. Ele sabia que Shikamaru estava certo, mas a dor de ouvir as palavras de Sakura era mais forte que a lógica.

Shikamaru cruzou os braços, o tom agora mais firme.

— Diferente como? Você está arrependido do caso com a Karin, decidiu priorizar sua família. Mas tá irritado porque suspeita que a Sakura tá fazendo o mesmo? — Ele fez uma pausa, os olhos fixos em Sasuke. — Meu conselho é: antes de qualquer coisa, conversa com ela. Sejam sinceros. Tudo isso começou por causa de mentiras. Não tô julgando o que você fez, nem o que ela supostamente fez. Mas nenhum relacionamento funciona quando os dois mentem. Se você quer mesmo salvar sua família, começa por aí.

Sasuke ficou em silêncio, as palavras de Shikamaru ecoando em sua mente. Ele levou as mãos ao rosto, os dedos pressionando as têmporas, como se tentasse organizar o caos interno.

— Você tá certo — admitiu, a voz baixa, quase derrotada. — Eu… me desculpa, Shikamaru. Pelo estado que cheguei aqui, pela confusão com os Kages. Minha cabeça tá um caos. Não tô pensando direito.

Shikamaru colocou a mão no ombro de Sasuke, o gesto fraterno, mas firme.

— É normal, Sasuke. Um erro não precisa ser o fim, se você tentar corrigir. — Ele respirou fundo, pensando em Sakura e Kakashi. “Agora é com vocês dois. Minha parte eu fiz.”

Sasuke pegou o celular, hesitante, e discou o número de Sakura, o coração disparado enquanto o telefone chamava.


Pouco antes, no escritório do Hokage, Kakashi fechou a porta atrás de si, o som abafado ecoando no espaço silencioso. A luz fraca da luminária lançava sombras na máscara dele, mas seus olhos revelavam a tormenta interna. Sakura estava de pé, os braços cruzados, os olhos verdes brilhando com lágrimas contidas.

— Kakashi, ele ouviu tudo — disse, a voz trêmula, o pânico evidente. — O Sasuke sabe que eu tava falando com alguém. Ele pode fazer uma besteira, e o Shikamaru não vai conseguir segurá-lo por muito tempo. O que a gente faz?

Kakashi respirou fundo, ajustando a máscara por reflexo, tentando manter a calma.

— Talvez… a gente devesse contar a verdade — sugeriu, a voz baixa, mas firme. — Ele já ligou os pontos, Sakura. Se continuar escondendo, vai ser pior.

Sakura arregalou os olhos, o desespero tomando conta.

— Você tá louco? — exclamou, a voz subindo. — Você conhece Sasuke! Ele vai fazer uma loucura! — Ela começou a andar pelo escritório, os passos rápidos, as mãos nos cabelos. — Ele não vai aceitar isso. Não de você, o sensei dele, o Hokage!

Kakashi deu um passo à frente, os olhos fixos nela.

— Ele não pode fazer nada comigo, Sakura. Você sabe disso. — Ele fez uma pausa, a voz suavizando. — Mas não é sobre isso. É sobre você. Você está infeliz nesse casamento há anos. Eu vejo isso nos seus olhos, nas suas mensagens, em cada vez que a gente tá junto. — Ele engoliu em seco, a culpa o consumindo. — Essa situação… talvez seja a saída que você precisava. Pra ser livre.

Sakura parou, as lágrimas escorrendo agora, pingando no chão.

— E a Sarada? — perguntou, a voz quebrada. — O que ela vai pensar? Como vai reagir se os pais se separarem? Ela é só uma criança, Kakashi.

Ele suspirou, aproximando-se dela, a mão hesitando antes de tocar seu ombro.

— A Sarada é jovem, mas é forte. Como você. Como o Sasuke. Quando crescer, ela vai entender que isso foi o melhor pra vocês dois. — Ele fez uma pausa, os olhos buscando os dela. — O Sasuke ama a Karin?

Sakura engoliu em seco, a memória de Karin na rua voltando como um soco.

— Parece que sim — murmurou. — E… eu acho que ela tá grávida. Dele.

Kakashi franziu o cenho, surpreso.

— Ele sabe?

— Não — respondeu Sakura, a voz tremendo. — Eu descobri agora, enquanto vinha pra cá. Vi ela na rua, ela tava passando mal. Pedi pra ela ir pro hospital, esperar por mim. Vou confirmar com um teste. — Ela fez uma pausa, os olhos baixos. — Se for verdade… isso muda tudo.

Kakashi assentiu, a mente trabalhando rápido.

— Então confirma isso primeiro. Se a Karin está grávida, pode ser uma forma de você sair desse casamento sem um escândalo. O Sasuke não vai fazer alarde se ele for o “culpado” do término. — Ele fez uma pausa, o tom suavizando. — Mas, Sakura, você precisa ser sincera com ele. Não dá mais pra viver nessa rede de mentiras. Você merece ser feliz. E ele também. — Ele deu um passo mais perto, a voz quase um sussurro. — A Sarada vai superar isso. O que ela não vai superar é ver os pais vivendo uma mentira, infelizes, por medo de tomar uma decisão. A vida é pra ser vivida, não pra ser sofrida por medo de mudar.

Sakura ficou em silêncio, as palavras de Kakashi ecoando em sua mente. Memórias invadiram-na. Os raros momentos felizes com Sasuke, ele sorrindo com Sarada no colo, as noites em que ele estava presente, mas também as longas ausências, a solidão que a consumia, o vazio que só Kakashi preenchia. As lágrimas caíram mais rápido, e ela levou a mão ao rosto, tentando escondê-las.

— Você tá certo — admitiu, a voz embargada. — Eu… eu preciso falar com ele. Ser sincera.

Ela pegou o celular, os dedos trêmulos, pronta para ligar para Sasuke, quando o telefone vibrou com uma chamada dele. Ela olhou para Kakashi, surpresa pela coincidência, o coração disparado.

— É ele — murmurou, antes de atender, a voz hesitante. — Alô?

— Oi, Sakura — disse Sasuke, a voz rouca, carregada de emoção. — Me desculpa. A gente precisa conversar. Onde você tá?

Sakura engoliu em seco, as lágrimas ainda escorrendo.

— Você tá certo, Sasuke. A gente precisa conversar. — Ela fez uma pausa, tentando manter a voz firme. — Tô na rua, mas… vou pra casa agora. Te encontro lá em alguns minutos.

— Tá bom — respondeu Sasuke, o tom baixo, quase aliviado.

— Tô a caminho. — Ele desligou, e Sakura ficou olhando o celular, o peso da conversa iminente a sufocando.

Ela virou-se para Kakashi, os olhos brilhando com medo e determinação.

— Eu preciso ser forte — disse, mais para si mesma do que para ele. — Mas… qualquer coisa, eu sei que você tá aqui.

Kakashi assentiu, o coração apertado. Ele deu um passo à frente, hesitando, antes de abaixar a máscara, revelando o rosto que raramente mostrava. Ele se aproximou, os olhos cheios de ternura e dor, e a beijou, um beijo suave, mas carregado de tudo que não podiam dizer. Sakura retribuiu, mas as lágrimas voltaram, e ela se afastou, soluçando.

— Me desculpa — murmurou, virando-se para a porta. — Eu preciso ir.

Ela saiu, os passos rápidos, deixando Kakashi sozinho no escritório, olhando para a porta aberta, o vazio do espaço refletindo o peso em seu peito. O silêncio era ensurdecedor, a tensão do que estava por vir pairando no ar como uma tempestade iminente.


Epílogo

Karin caminhava pelas ruas de Konoha, o hospital à vista, a silhueta branca do prédio contrastando com o céu. O vento roçava sua pele, mas ela mal sentia, perdida em um turbilhão de pensamentos. Seu coração disparava, as mãos trêmulas ajustando os óculos tortos, o rosto ainda vermelho de tanto chorar. A possibilidade de estar grávida de Sasuke a consumia, cada cenário em sua mente mais avassalador que o anterior.

Em um momento, ela se imaginava em um mundo perfeito: Sasuke, ao saber da gravidez, largando tudo para ficar com ela, os dois construindo uma vida juntos, longe das sombras de Konoha. Ela via um bebê com cabelos escuros, olhos Sharingan, Sasuke sorrindo como nunca sorrira com Sakura. Mas a visão se dissolvia, substituída por um pesadelo: Sakura, em pé no centro da vila, apontando para ela, a voz cheia de ódio enquanto a chamava de vagabunda destruidora de famílias. A multidão se virava contra ela, os rostos de Ino, Tsunade, até Sarada, cheios de desprezo, enquanto Karin tentava fugir, o peso da culpa a puxando para baixo. Ela via Orochimaru rindo ao fundo, sua voz sibilante ecoando: “Você é uma ferramenta, Karin. Sempre será.”

O coração dela disparou, a respiração ficando curta, o peito apertado. Ela chegou à recepção do hospital, o cheiro de antisséptico invadindo suas narinas, misturado ao perfume floral que ainda a nauseava. A enfermeira na recepção a olhou, preocupada, mas Karin não conseguia falar, os olhos arregalados, as mãos agarrando o balcão.

— Eu… preciso… — murmurou, a voz falhando, enquanto o mundo girava. Os cenários em sua mente se misturavam – Sasuke a abraçando, Sakura a humilhando, a vila a rejeitando, Orochimaru a puxando de volta. O pânico a engoliu, o ar faltando, e ela cambaleou, o corpo cedendo. Com um grito abafado, caiu no chão, os óculos escorregando, o mundo escurecendo enquanto desmaiava, afogada no turbilhão de seus próprios medos.

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