A Caçada da Lua Sangrenta

This entry is part 3 of 3 in the series O Herdeiro da Tempestade



O final do dia se aproxima lentamente, enquanto todos os soldados novatos e filhos de Poseidon se encontram no local onde acontecerá o evento da Caçada da Lua Sangrenta. A temida Tumba Azul.

A Tumba Azul é uma vasta extensão submersa onde a magia de Poseidon fez surgir uma floresta encantada e terrivelmente perigosa. Apesar de estar sob o oceano, ela é cercada por bolhas mágicas que mantêm o ar respirável, mas o ambiente é úmido e instável, com neblina salgada permeando o ar. As árvores possuem folhas bioluminescentes, que brilham em tons de azul, verde e roxo, iluminando a floresta em um brilho etéreo. As raízes das árvores se entrelaçam com corais e algas marinhas, criando passagens traiçoeiras e esconderijos naturais.

Um terreno irregular com áreas de areia movediça encantada, piscinas naturais de água cristalina e cavernas submersas que podem ser acessadas durante a caçada. O piso do solo é coberto por musgo luminescente, que deixa rastros brilhantes ao ser pisado, permitindo que predadores e aliados rastreiem uns aos outros.

Árvores com troncos ondulados, como se tivessem sido moldadas por correntes marinhas. Vinhas vivas que se movem como tentáculos, atacando quem chegar muito perto. Flores que liberam névoa alucinógena se perturbadas, dificultando a navegação e os reflexos.

— Então é aqui. O lugar de um dos meus primeiros fracassos. — Percy se mostra apreensivo, odiava a Tumba Azul, é simplesmente uma das áreas mais desagradáveis que um ser vivo poderia pisar.

Para o desafio de hoje, achou melhor mudar de sua vestimenta padrão de príncipe, optando por uma camisa sem mangas com um tom de azul profundo, tendo como botões estrelas prateadas de 4 pontas na altura do peito, calças em tom verde mar, com botas brancas, tapando toda sua canela, além de que em cada um de suas mãos possui uma luva protetora do mesmo tom de verde com as estrelas prateadas sobre elas.

— Muito bem, eu é quem irei dar início aos testes de vocês. — Oceano se aproxima ficando a frente com ambos os jovens que o olham curiosos.

O homem está com seu costumeiro visual da ordem do Olho do Kraken, analisando um por um dos jovens ali, como se já tivesse 100% de certeza quais deles não conseguiriam voltar com vida.

— Muito bem. Hoje vocês estão aqui para A Caçada da Lua Sangrenta, como muitos de vocês já devem saber, esse evento é realizado uma vez ao mês, então se fracassarem hoje e voltarem com vida, terão sua segunda chance no final do mês que vem. — Oceano os olha com atenção analisando bem suas expressões e mais uma vez parando seus olhos em Percy. — O desafio aqui se baseia totalmente na sobrevivência e no combate, assim que der as 19:00 horas, todos vocês serão liberados para adentrarem na floresta e tem que ficar lá por 3 noites inteiras.

3 noites, hum? Vai ser o suficiente. Leviatã murmura finalmente voltando a reaparecer para o rapaz.

— Devem procurar comida, abrigo e claro sobreviverem lá dentro. Será um dos desafios mais difíceis que terão em todas as suas vidas, mas isso é bom porque irá garantir que se tornem fortes, que cresçam como homens e mulheres capazes de enfrentar qualquer problema que vier pela frente. E o mais importante… — O Comandante Supremo abre um sorriso de divertimento ao pensar em suas próximas palavras. — Soltamos 5 tipos de criaturas diferentes pela floresta, todas separadas e cada um mais mortal que a outra. Dessa vez teremos as famosas e ferozes Sereias Sombrias, os Tubalobos, Medusas da Névoa, Cavaleiros de Coral e Enguias Luminescentes.

— Uma escolha bem específica. Eles realmente não estão para brincadeira dessa vez. Cada um deles é mais mortal que o anterior. — Percy cerra seus punhos com certa raiva por essas criaturas, as duas últimas deveriam ser enfrentadas apenas por soltados que já estivessem há trabalho por pelo menos 2 anos.

— Cada uma das criaturas que meu irmão disse, na ordem em que foram apresentadas, cada uma vale 5 pontos a mais que a anterior. Sendo assim, as Sereias Sombrias valem 5 e as Enguias Luminescentes valem 25. Vocês também podem acumular seus pontos é claro, durante 3 dias matem o que conseguirem e tragam até nos no crepúsculo do amanhecer do 3 dia. É o momento em que diremos qual de vocês passou no teste. — Nereu se intromete na explicação e olha para todos os novos recrutas.

Quíron se manteve em silêncio durante toda a explicação, uma expressão de preocupação tomando totalmente seu corpo, claramente está desconfortável com esse desafio e talvez até mesmo em relação a ele estar entre os participantes, afinal tem apenas 8 anos na visão do professor.

— Ótimo. Boa sorte para vocês crianças, vocês precisaram. — Nereu olha com certa pena para cada um daqueles ali presentes.

— COMECEM! — Oceano ordena e logo todos pegam suas armas e saem correndo em direção a floresta.O que você planeja fazer, Perseu?

— No momento, a minha ideia é chegar até o Olho da Maré. Lá vou ter uma visão melhor do terreno e consigo montar um plano para matar o maior número de monstros que eu achar. — Percy se aproxima rapidamente de uma área pantanosa e salta para o topo das árvores. — Tenho que prestar atenção. Se eu caísse ali, estaria morto independentemente do corpo que eu tivesse.

Ele começa a saltar pela copa das árvores, notando alguns dos jovens soldados caindo na Areia Movediça e até mesmo alguns de seus irmãos.

É uma boa ideia ir até lá, mas essa noite você não vai matar nenhum monstro e nem durante o dia de amanhã. A criatura afirma para o rapaz que logo para em uma das árvores sem entender corretamente.

— Como é? Se eu não matar nenhum monstro, não tem como eu me destacar nesse evento. Não foi exatamente isso que você me pediu pra fazer? — Percy salta para a próxima árvore, mas assim que toca em sua superfície, ele acaba sendo atacado por uma das vinhas das árvores que se irritam com ele, com um movimento rápido ele ergue sua espada e a corta com um movimento rápido.

Confie em mim. Fazer o sacrifício de ficar parado hoje e amanhã será muito mais recompensador do que atacar monstros nessa floresta e correr o risco de ser surpreendido por outros competidores.

Isso realmente passou pela cabeça do rapaz, existe uma condição extra desse evento que nunca é dita para os participantes, porque é algo que todos eles já tem que ter em mente. Os competidores também são alvos um dos outros, eles valem 30 pontos, são os mais valorosos entre as criaturas pela floresta e com toda certeza os mais traiçoeiros.Essa decisão faz parte do evento, porque em um ambiente desconhecido em que você está sozinho e em uma posição de vulnerabilidade, deve considerar todos ao seu redor como ameaças.

— Tudo bem, eu vou escutar você. Mas, é bom isso realmente dar certo. — Percy reclama se movendo ainda mais rápido e se defendendo de qualquer possível ataque que a floresta possa querer fazer.Vai funcionar.

Percy salta no ar, segurando em outro dos galhos e passando para o próximo. Ele pisa em um dos galhos e olha ao redor, segurando no cabo da espada em sua cintura.Um tentáculo é direcionado para Percy e quase se enrosca no corpo do rapaz, ele salta no ar usando a lâmina para cortar rapidamente impedindo seu avanço.

Ele olha para o alto e vê uma Medusa da Névoa, são água-vivas flutuantes com tentáculos venenosos que liberam uma névoa paralisante. Suas bolhas mágicas também são usadas para confundir os adversários.

Tome cuidado Perseu. Se for tocado por uma dessas você terá problemas.

Percy se mantém firme no chão e avança na direção da criatura, desviando do avanço dos tentáculos venenosos, ele analisa rapidamente o ambiente ao seu redor, notando uma das piscinas naturais logo a frente, ele desvia do avanço de 6 tentáculos de uma única vez, saltando para dentro da piscina natural.

A Medusa da Névoa olha ao redor, procurando algum sinal de Percy, sondando toda a água lentamente, ao notar um movimento vindo logo abaixo de seu corpo, ela ergue seus tentáculos preparando para a avançar sobre a área, mas para a sua surpresa apenas a lâmina sai da água atravessando sua estrutura de baixo para cima e logo caindo sobre a piscina e sendo segurado pelo príncipe no topo de sua cabeça.

— Bom… Pelo menos podemos contabilizar esse ponto para mim. — Percy ri retirando a espada e puxando um pequeno tubo azulado do bolso o jogando sobre a Medusa.

Linhas azuis se liberam dele, enroscando seu corpo e logo em seguida puxando ela para dentro como um processo de encolhimento.

Ótimo. Vá rapidamente até o destino, ao chegarmos lá tem algo que desejo lhe mostrar.

Percy avança rapidamente seguindo as ordens do Leviatã e mantendo sua guarda levantada.No coração da floresta Perseu alcança o Olho das Marés, uma clareira circular, um espaço dominado por um gigantesco redemoinho mágico suspenso no ar, que representa o poder de Poseidon. Árvores bioluminescentes iluminam todo o ambiente, tornando um local até mesmo com uma beleza incomum.

Monte acampamento aqui e descanse, amanhã a noite será o momento de você avançar na caçada.

— É bom você estar certo. Eu estou colocando tudo em risco ao deixar o desafio acontecer apenas em uma noite, ao invés de todo o tempo que me foi dado. — Percy se aproxima de uma das árvores maiores, colocando sua mochila lá e a usando como um travesseiro. — Aaah…

Mantenha sua guarda levantada. Voltarei amanhã de manhã. O Leviatã anuncia e logo desaparece, tornando impossível sentir sua presença.

— Tudo bem, acho que vou descansar então.O rapaz recosta sua cabeça na mochila e olha para o céu, com sua mente em muito tempo voltando a pensar no tempo que passou morto. Viver naquele mar negro e esquisito, mesmo que parece apenas alguns segundos era uma sensação estranha.

E agora está ali, tendo sua segunda chance, vivendo uma nova vida e se preparando para mudar totalmente o seu futuro. No momento uma das coisas que mais gostaria de saber é o que exatamente o Leviatã está preparando para fazer com que ele não faça nada durante um dia inteiro que poderia coletar tantos pontos, ainda mais com a vantagem de seu corpo evoluído que é muito superior a qualquer um de seus irmãos.

Era difícil fingir ter as dificuldades de um corpo de 8 anos, quando sabe que vai muito além disso, tendo que se conter a cada novo desafio que enfrenta.

Seus pensamentos se tornam cada vez mais vagos e lentos, caindo no sono logo em seguida e se aconchegando na árvore.…

O dia já amanheceu, embora a floresta por sua mata densa impede quase qualquer passagem de luz do sol, a luz das árvores que antes brilhavam em múltiplas cores, agora mudaram todas para o branco luminoso e o dourado reluzente, indicando que a manhã chegou.

— Hmm… Interessante, realmente nenhum dos outros competidores veio até aqui. — Percy se ergue olhando ao redor e se assusta ao escutar uma explosão luminosa acima de sua cabeça.

Um brilho azulado ilumina todo o chão, fazendo com que o rapaz olhe para cima e mais uma vez se mostre nervoso. Esse é o sinal do número de participantes, ao final de um dia ou noite um sinal luminoso é liberado indicando a quantidade de participantes restantes. Azul significa que agora já tem menos de 40, o amarelo menos de 30, laranja menos de 20 e vermelho menos de 10.

Eram 70 participantes, se em uma única noite já possuem menos de 40 a situação é realmente preocupante. Ele se ajoelha em frente a sua mochila e pega de lá de dentro tira um pedaço de ambrosia, um remédio mágico e muito poderoso, sendo capaz de fazer até mesmo milagres quando consumido na quantidade correta, uma quantidade além pode ser fatal.Estamos prontos para começar.

— Começar o que exatamente? — Percy se mostra curioso colocando a mochila sobre as costas.Siga a localização que vou lhe oferecer e você entenderá quando chegarmos até lá. Acredite em mim, vai valer a pena a jornada.

— Jornada, é? Quanto tempo vai levar?Vai levar quase o dia todo. Mas, a noite será o seu momento de caça. Vamos indo.Perseu se mostra apreensivo e preocupado, afinal não era natural em um desafio de pontos ele ficar tanto tempo parado sem fazer nada. Realmente se preocupa que o Leviatã não esteja consciente de sua decisão.

Horas se passam do início de sua caminhada e no caminho Percy acabou tendo que bater de frente com algumas outras criaturas que encontrou, por sorte as derrotou e colocou nos frascos garantindo alguns pontos a mais.

Ele anda atravessando mais uma vez a mata densa e selvagem, chegando a um pequeno riacho, lotado com alguns plantas que se movem lentamente flutuando sobre a superfície da água.

— Hidravinhas. Isso é perigoso. — Percy prende mais fortemente a mochila em suas costas, dando um nó no couro de bisão e o mantendo bem firme as suas costas.

Ele puxa a espada da cintura, a mantendo em guarda e salta na direção das plantas, pisando em cima delas que parecem se enfurecer e liberam raízes longas e velozes, Percy as bloqueia com as costas da espada e pula para próxima.

É necessário tomar muito cuidado no território das Hidravinhas, elas são selvagens e suas raízes absorvem toda a água presente no corpo para se alimentarem. Ele consegue saltar por cima de quase todas, desviando cada avanço de raiz que se direciona para o seu corpo, chegando ao outro lado do lago.Ele se afasta rapidamente, diminuindo as chances de ser acertado pelas raízes.

Estamos nos aproximando. Mantenha sua atenção no caminho.

— Tá bem. Droga… — Percy salta rapidamente para cima das árvores mais uma vez, desviando dos tentáculos rápidos que passam rapidamente em sua direção.

Percy, pare agora. Leviatã se manifesta pedindo para que o garoto pare o seu avanço se aproximando de uma área muito diferente.

— Isso aqui é uma intersecção da Floresta, aqui já está fora dos limites da competição, eu não deveria andar até aqui. — Percy se pronuncia guardando mais uma vez a espada na cintura e andando por aquela área.

O que você vai precisar está escondido aqui. Então vamos avançar, mesmo que não seja correto.

A apreensão de Percy não é sem fundamentos, o local onde está andando emana uma energia cruel e perversa. Ele olha ao redor atentamente caçando algum tipo de ameaça, sem ter nenhum sinal de inimigos a vista, mas mesmo assim a sensação de perigo ainda se mantém.

— Então, para onde agora?

Continue em diante. Você saberá assim que se aproximar do local.

Percy continua avançando apreensivo e assustado, não havia ido até ali em sua antiga vida, então é um terreno totalmente novo para ele, o nível de perigo parecia muito superior ao que estava enfrentando mais cedo.

As palavras de Leviatã fizeram total sentido quando ele realmente achou o que estava procurando. Uma enorme montanha surge a sua frente com uma entrada em sua base. A entrada é como uma cicatriz na paisagem, uma fenda enorme e irregular entre as rochas sombrias. Musgos negros e líquens azulados cobrem as bordas da abertura, exalando um odor úmido e acre. A luz do ambiente parece ser engolida pela escuridão que se projeta para fora, como se a caverna em si estivesse viva e respirando.

No topo da entrada, há uma formação natural de rocha que se assemelha a uma mandíbula aberta, com estalactites afiadas pendendo como dentes ameaçadores. Correntes de água escorrem pelas paredes da fenda, caindo em pequenos poços que emitem um brilho pálido e espectral, como se fossem iluminados por almas perdidas. O chão é composto por pedras lisas e escorregadias, intercaladas com fissuras profundas que emitem sons abafados de água corrente, quase como um sussurro sinistro. Ao redor da abertura, estranhas marcas aparecem esculpidas nas rochas, símbolos antigos e incompreensíveis que parecem se mover levemente à medida que alguém os observa.

O ar que emana da caverna é denso e frio, carregado de um misticismo opressor que pesa sobre os ombros de quem se aproxima. Um som constante e perturbador ecoa de dentro – uma mistura de água corrente, gemidos abafados e algo semelhante ao lamento distante de vozes humanas.

— Muito bem, e agora? — Percy olha curioso para a caverna, dando alguns passos lentos como se algo ali presente estivesse o chamando para se aproximar.

Deixe sua mochila e essa espada aqui. Não serviram de nada para o que vem agora, entre na caverna e ande até uma pequena nascente que tem lá dentro e você vai entender.O filho de Poseidon obedece a ordem do Leviatã, deixando suas coisas do lado de fora e adentrando na caverna.

O ar ali parece impuro e até mesmo tóxico, os pulmões de Percy queimam, tornando sua respiração mais difícil a medida que avança.

As paredes são longas e estreitas, as rochas afiadas saem de ambas as direções, tornando ela de difícil acesso. Ele pisca algumas vezes sentindo como se toda a lubrificação de suas córneas estivesse sumindo a cada novo centímetro.

Ele finalmente consegue ver o lugar que o Leviatã mencionou, acaba emergindo em uma área mais ampla, um salão natural esculpido pelo tempo e pela água. A atmosfera muda de repente; o espaço se abre em uma câmara colossal, onde o teto abobadado parece alcançar as profundezas do mundo acima. Estalactites gotejam água luminosa que cai em cascatas suaves, criando um som ritmado que ecoa como uma melodia ancestral.

O centro do salão é dominado pela nascente, uma piscina vasta e cristalina de águas escuras, cujo brilho azul-acinzentado parece irradiar uma luz espectral própria. A superfície é inquietantemente calma, mas pulsa levemente, como se respirasse. Correntes de energia percorrem o líquido, gerando um padrão hipnótico que sugere algo vivo sob a água.Ao redor da nascente, formações rochosas criam um círculo irregular, como pilares de um templo esquecido. Nas paredes da câmara, inscrições antigas brilham fracamente, pulsando em sincronia com o movimento da água. O ar é denso e carregado, com um frio que parece cortar a pele, trazendo consigo o cheiro metálico de algo antigo e poderoso. As bordas da nascente são forradas com pedras lisas e úmidas, algumas cobertas por musgo prateado que emite um brilho tênue.

— Que lugar é esse? — Percy caminha sentindo a energia que cobre todo o ambiente, seus músculos se tornam mais rígidos a medida que se aproxima da água.

Chegue na nascente e entre na água. Você terá que ir até o meio dela e absorver toda a água para dentro de si, tudo que ela transmite e sente, você deve receber e torna-la parte de você.

Perseu acha estranho as palavras da fera, como exatamente um rio poderia transmitir algo? O que ele está falando sobre absorver tudo e tornar parte dele? Infelizmente para seu corpo, só havia uma forma de descobrir isso.

Ele anda até bem próximo da água e como um desencargo de consciência, prefere colocar uma de suas mãos sobre a nascente antes de entrar nela. Ao tocar a água cinza e brilhante, um grito agudo de dor é arrancado de seu corpo após se afastar.

— GAAAAANHNN!!! — Percy cai no chão sentindo como se seu corpo estivesse sendo perfurado por dezenas de flechas de uma vez, uma dor alucinante e agoniante.

Finalmente havia entendido o porque precisava absorver tudo que a nascente possuía, aquela água faz parte do Rio Aqueronte, o local onde as almas que passavam para o descanso eterno deixavam todas as suas dores e infelicidades, as esperanças e sonhos eram completamente destruídos ao entrar em suas águas.

Perseu, você deve entrar na nascente, se quiser seguir em frente, você vai precisa

— CALA A BOCA!! — Percy grita a plenos pulmões, usando a pouca respiração que ainda lhe restava.

Suas palavras foram carregadas de ódio e fúria, nunca havia se sentido desta forma, nem mesmo sua morte foi capaz de lhe causar a dor que sentiu ao tocar as águas do Aqueronte. Sua respiração se mantem ofegante, ele se senta notando que pela primeira vez desde que Leviatã o escolheu, conseguiu fazer a criatura ficar sem falar nada.

Percy se coloca de pé, ainda sentindo cada um dos seus sensores de dor gritando para ele se afastar dali.

Percy se coloca de pé, ainda sentindo cada um dos seus sensores de dor gritando para ele se afastar dali. Mas, o Leviatã tinha certa razão, se realmente quisesse chegar em algum lugar, se quisesse mudar o destino e finalmente se vingar daquele que é o responsável por isso, ele precisara enfrentar aquelas águas.

Seus passos são lentos e contidos, não conseguindo andar mais de 100 centímetros a cada passo, ele olha para a água reluzindo e o convidando para se banhar em suas águas, para sentir mais uma vez relações do passado e momentos carinhosos. Percy coloca seus pensamentos de lado e salta sobre a água com um movimento rápido.

— GAAAHHHHHNNNNN!!! — Mais uma vez o grito de Percy foi a única coisa presente em todo aquele salão enorme.

Pensar a cada segundo que passa se tornar mais doloroso e cansativo, seus músculos parecem estar sendo rasgados e seus pulmões pressionados o impedindo de respirar. Ele consegue finalmente tocar o centro da nascente e se manter ali parado.

A dor continua sendo jogada contra o corpo de Percy, entrar naquelas águas foi a tarefa mais difícil que fez em toda a sua vida, as esperanças e lembranças fazem com que as águas sejam convidativas e seu brilho reforça isso, mas ao tocar nelas você entende que na verdade a vida é formada apenas por dor e desilusões. E que não há nada que possa ser realmente feito para isso mudar.

A medida que Percy sente como se seu corpo estivesse sendo destruído, a água ao seu redor se tornar mais calma e contida, ela se afunila completamente ao redor do filho de Poseidon, sendo absorvido e recebido por ele.

Logo as águas cinzas e colapsadas se tornam límpidas e reluzentes, o brilho perfeito do oceano, a calmaria e fúria representado pela beleza das águas.

— Haaaa… Haaa… — Percy consegue respirar normalmente, ele consegue ir até a beirada e sair das águas, mas cada resquício de dor ainda se mantém.

As cicatrizes de sua antiga vida pareciam terem sido abertas ao tocar nas águas, cada batalha que travou, a dor que sentiu em cada momento ruim voltou com o dobro de potência e fizeram repassar cada um deles.

Enquanto sentia tudo aquilo novamente, uma cabeleira loira invadiu seus pensamentos, os olhos cinzas como uma tempestade e um sorriso de desafio iluminaram sua visão mais uma vez e tornou toda aquela dor suportável e agora o Rio Aqueronte lhe ofereceria seu premio.

Preste bastante atenção, Perseu. Este será o meu presente por cumprir essa missão.Percy gira seu corpo lentamente, tentando se manter de pé, do centro da nascente, um brilho esverdeado se torna mais intenso, com a água borbulhando e de lá, uma nova figura que Percy não consegue reconhecer muito bem, mas após vê-la é como se toda sua dor simplesmente desaparecesse.

— Q-Quem é você? — Ele finalmente consegue virar seu corpo, ficando de joelhos em frente á nascente e olhando para aquela a sua frente.

É uma figura de beleza etérea e poder ancestral, uma entidade que parece personificar os próprios oceanos. Seu corpo é envolto em um vestido fluido que parece ser feito de água cristalina, movendo-se como se seguisse suas próprias correntes. O tecido translúcido cintila com tons de azul, verde e prata, refletindo a luz como a superfície do mar ao amanhecer. O traje é adornado com detalhes delicados, como pérolas e pequenos fragmentos de corais que reluzem como estrelas no fundo do oceano.

Seu rosto é harmonioso, com traços delicados e olhos profundos como o abismo marítimo, brilhando com uma luz azulada que transmite tanto sabedoria quanto um senso de mistério. Seus cabelos são longos e ondulados, feitos de água viva, caindo em cascatas que mudam de forma e intensidade conforme ela se move. Pequenos peixes brilhantes nadam entre os fios, adicionando um toque mágico à sua presença.

— Você fez bem em vir até aqui, jovem herói. Por séculos eu pensei que nunca existiria um ser capaz de tocar as águas do Aqueronte sem ter sua alma completamente devastada e destruída.

Ela carrega uma aura de serenidade e poder, mas também de respeito e temor. Sua voz é como o som das ondas quebrando suavemente na areia, melodiosa e calmante, mas com um peso que revela seu domínio sobre as forças naturais. Quando ela se move, a água ao redor parece reagir à sua presença, formando redemoinhos e ondulações como se os mares reconhecessem sua soberana.

— Entendo, Leviatã decidiu escolher você, correto meu velho amigo? — Ela mais uma vez libera sua linda voz, invocando a silhueta obscura e intimidadora do Leviatã que se enrosca ao redor da bela moça.

— Não esperava te rever tão cedo, mas entendo porque escolheu este garoto. Ele tem bem as características que procurávamos.

A moça passa sua mão sobre o topo da cabeça do Leviatã que se mantém fiel e totalmente dominado perante a moça, ele fica calmo e sereno ao seu lado, algo que ninguém nunca esperaria poder ver.

Perseu, está é a Dama das Águas, ela está aqui para lhe dar uma das ferramentas mais importantes de sua jornada.

— Prepare-se jovem herói. Porque agora, vou lhe oferecer aquilo que está no seu nível. — A Dama das Águas se aproxima de Perseu e deixa um singelo e calmo beijo em sua testa, um brilho intenso e forte emana por toda a caverna.

Perante seus olhos, uma nova arma começa a ser construída, uma lâmina, com cerca de 60 centímetros de comprimento, é feita de um metal nunca visto antes pelo rapaz, refletindo uma luz verde-mar suave que parece pulsar com energia viva. Os dois gumes são perfeitamente simétricos, com entalhes finos que imitam ondas se quebrando.

O cabo é envolvido em couro azul-marinho, cuidadosamente trançado para oferecer aderência confortável e firmeza. O pomo da arma é adornado com um emblema esculpido no formato de um tridente, representando o domínio de Poseidon. A guarda transversal é simples, mas eficiente, ligeiramente curvada para proteger a mão sem restringir o movimento. Gravuras delicadas de criaturas marinhas – como cavalos-marinhos, golfinhos e serpentes do oceano – adornam a parte superior da guarda, conferindo à arma uma aura de realeza e mistério.

— Este gládio não é apenas uma ferramenta de batalha, é uma extensão de sua alma Perseu Jackson, um símbolo de sua luta e de sua conexão inabalável com o mar. Sua leveza e equilíbrio perfeito tornam-no digno de portar está arma criada pelas duas entidades mais poderosas dos mares. Eu lhe ofereço a Aegirotis.

Percy segura no cabo, sentindo a espada perfeitamente balanceada e parece se encaixar perfeitamente em sua mão, o peso, o formato, era perfeito para Percy, uma arma sagrada criada especialmente para sua pessoa.

— Obrigado, Dama das Águas. Obrigado Leviatã. Juro aqui que irei cumprir a missão que me foi dada e garantirei de representar bem toda a confiança que colocam sobre mim. — Percy se curva mais uma vez, ajoelhando-se perante os dois seres mágicos e colocando a ponta de sua espada voltada para seu pé, demonstrando respeito e vulnerabilidade.

— Estou ansiosa para ver todo seu avanço meu rapaz. Sei que não irá nos decepcionar. — A Dama das Águas responde com um sorriso genuíno de felicidade e logo desaparece como a brisa do mar.

Percy anda até o lado de fora da caverna, maravilhado com sua nova arma, a espada tem um brilho incomum e uma beleza sem igual, digna de um rei.

Como eu lhe disse, Perseu. Agora você tem aquilo que tornará sua missão possível de completar

.— Obrigado Leviatã. Sinto muito se fui desrespeitoso em certo momento.

Está tudo bem, lhe fiz passar por algo que nenhum humano aceitaria passar com facilidade. O risco era muito alto, então não adiantaria de nada eu ficar furioso com você por isso.

— Obrigado. Eu verei a Dama das Águas denovo?Sim. Essa espada também foi forjada por ela, sua ligação com ela é ainda mais intensa carregando parte de sua essência, então com toda certeza vocês se verão novamente.

— Ótimo. Agora está na hora de voltar para o desafio. Ainda preciso me destacar entre os competidores.Em relação ao desafio, tenho algo melhor preparado para você.

Percy para de andar, ao notar um movimento veloz e silencioso entre as árvores. Seus olhos se focam em uma das direções, mantendo sua guarda levantada, para logo em seguida ser surpreendido por um salto veloz e rápido, ele se abaixa rapidamente deixando que a figura em movimento passasse por cima de seu corpo.

— É rápido. — Percy se levanta no movimento seguinte, erguendo Aegirotis para o monstro que passou por ele.

Logo Percy consegue ter uma ideia melhor do que realmente está enfrentando, Basilisco.

É uma criatura imponente e aterrorizante, uma personificação viva do medo e da morte. Em tamanho, é colossal, com um corpo serpentino que pode alcançar mais de quinze metros de comprimento, coberto por escamas negras e brilhantes que parecem feitas de obsidiana polida. Essas escamas não apenas oferecem proteção, mas também refletem a luz, criando um efeito cintilante e ameaçador nas sombras da floresta ou da caverna onde ele reside.

Sua cabeça é de uma serpente gigante, mas com traços reptilianos mais marcantes, com uma crista óssea que se ergue do topo do crânio, conferindo-lhe um aspecto régio e predatório. Os olhos do basilisco são a característica mais assustadora: esferas amarelas brilhantes, com pupilas finas e verticais, que emanam um brilho venenoso e parecem perfurar a alma. Seu olhar tem o poder de paralisar ou até matar aqueles que o encaram diretamente. A mandíbula é incrivelmente poderosa, cheia de presas curvas e venenosas que gotejam um líquido esverdeado, capaz de corroer até metais mais resistentes. Quando o basilisco ruge, o som reverbera como um trovão, carregado de um tom quase sobrenatural que ressoa nos ossos de quem o ouve.

Ele se move com uma agilidade inesperada para seu tamanho, deslizando de maneira quase imperceptível pelo terreno. Seu rastro é marcado por uma trilha venenosa que mata plantas e animais menores. O cheiro de enxofre e putrefação o precede, como um aviso de que a morte está próxima.

Acho que ele é um desafio a sua altura. Uma das minhas criações favoritas.

— Besta desgraçada… então foi você que criou essa criatura abominável? — Percy ri com a voz do Leviatã, enquanto vê o Basilisco começando a rodear sua área, como se estivesse marcando seu território.

Era uma época diferente, estava um pouco irritado com vocês e decidi criar algo que pudesse eliminar sua espécie caso me irritasse muito em algum momento.

— Entendi. Mas… Eu concordo com o que disse. Ele vai ser uma ótima forma de treinar as minhas habilidades com essa espada.

Percy monta sua guarda, segurando o cabo da espada com sua outra mão se colocando fixo ao chão, enquanto não perde o Basilisco de vista.

A criatura estica sua longa língua fazendo um som inconfundível, semelhante ao de uma serpente, enquanto olha para Percy, praticamente se perguntando por qual deveria começar o seu almoço.

O Basilisco mais uma vez salta na direção do príncipe, que por um reflexo rápido acaba conseguindo saltar no ar e impedir ser acertado pela criatura, só que para sua surpresa, o Basilisco acaba se enroscando em uma das árvores, tomando mais uma vez espaço para avançar sobre Percy.

Com um movimento rápido de seu punho, ele bloqueia o avanço do monstro ao chocar o fio da lâmina com as presas longas e afiadas. O cheiro tóxico de enxofre emana da boca do monstro, a medida que ele se força para cima de Perseu, que usa toda a força de seu corpo para o jogar para o chão.

Você não está usando todo o possível. Não lhe dei essa espada apenas porque ela é bonita, use o poder que está guardado nela.

— Poder? Você tá falando de quê? — Percy se afasta desviando do avanço do basilisco e logo um esguicho de veneno é jogado na direção dele, que salta para cima de uma das pedras próximas a caverna.

Está espada está imbuída com muito do poder dos mares. O meu e o da Dama das Águas, uma espada não deve ser apenas uma arma e sim uma extensão de seu próprio corpo, se você realmente deseja ter o poder para seguir em frente tem que ir além do esperado. Tem que encontrar uma forma de se tornar o detentor de todo esse poder e torná-lo seu.

Percy tenta entender as palavras do Leviatã com certa preocupação, ele realmente havia notado que assim que segurou o cabo daquela espada, sentiu algo diferente em seu corpo. Algo que deu a ele um avanço tão grandioso quanto as águas do Estige, não há dúvida que existe poder naquela espada.

Ele toma ainda mais distância do basilisco, impedindo que ele possa o atacar com um movimento só. Fechando seus olhos, o garoto tenta sentir o poder de Aegirotis, tudo que está guardado ali.

Segundos se passam e Perseu finalmente consegue entender do que o Leviatã estava falando, ele consegue sentir, existe uma fina aura mágica ao redor da espada, algo que começa a partir da lâmina e emana por toda sua estrutura, um movimento constante e imparável, assim como as águas dos mares.

— Entendi, então é isso que devo fazer. — Percy abre seus olhos com um sorriso e com um movimento só sobe acima da caverna.

O Basilisco o encara, rosnando em fúria ao ver sua presa tão afastada, Percy o olha com atenção e diversão e com um movimento só ele se deixa cair na direção do animal. Seus olhos se mantém fechados, apenas escutando o movimento do vento ao seu redor, enquanto cai em queda livre para aquela que poderia ser sua morte.

O fluxo mágico ao redor da lâmina se torna mais presente e intenso, agora se tornando mais visível aos olhos comuns e se estendendo por todo o corpo do Perseu, o basilisco abre sua enorme boca esperando para ter o seu lanche do dia.

— É agora. — Percy abre seus olhos rapidamente e se movimenta ainda mais rápido.

Ele usa a força em suas pernas, chutando o ar como se ele fosse sólido e se impulsionando para baixo, ele se torna apenas um vulto verde de energia, seus movimentos são mais rápidos e precisos, enquanto caia desferiu 9 golpes no corpo do basilisco, o que ao tocar o chão mais uma vez, fez a criatura gritar em agonia e logo cair no chão sem vida.

— Aaa… Aaa… Aaa… E-Era isso que você queria? — Percy se aproxima do monstro, retirando um dos frascos do bolso e capturando seu corpo sem vida.

Sim, você entendeu o conceito. Mas, acho que precisara de muito mais prática para realmente dominar todo esse poder.

— Tá bom, vou focar mais no meu treino quando eu retornar. — Perseu se abaixa para pegar sua mochila, mas logo o odor desagradável do basilisco volta a se fazer presente no ambiente.

Devo dizer, não gosto da ideia de deixar treinos para depois, se você realmente quer se destacar, vou garantir de levar você ao seu ápice. Não esqueça do que eu disse, a noite do segundo dia será o seu momento de caça.

Para a surpresa de Percy, a vegetação ao seu redor começa a se mover freneticamente, o cheiro desagradável se torna ainda mais intenso e parece vir de direções diferentes. Um ninho, foi o lugar para onde foi levado por Leviatã, ele empunha sua lâmina mais uma vez olhando ao redor e mantendo sua guarda levantada.

Todos os poucos competidores que conseguiram sobreviver ao desafio já voltaram até a área de partida, Oceano, Nereu e Quíron observam os poucos sobreviventes retornarem lentamente, os corpos de alguns cobertos de machucados, seus olhos muito abertos e claramente vítimas de traumas que carregaram pelo resto de suas vidas.

— Estranho. O garoto ainda não conseguiu voltar. — Oceano se pronuncia olhando para a abertura da floresta, enquanto Nereu avalia os competidores que voltaram.

— Sim, pelo jeito os rumores sobre ele talvez não fosse tão verdade quanto pensávamos. — Nereu pega cada um dos frascos mágicos olhando atentamente para o brilho em ambos. — O Príncipe Triton conseguiu ser o vencedor desse desafio. Dos 30 frascos cedidos aos participantes, ele voltou com 25 completos, 3 deles são Enguias Luminescentes, 5 Cavaleiros de Corais e o restante são Medusas da Névoa. Totalizando então 210 pontos.

— Todos aqueles que tiverem passados dos 170 pontos estão classificados, por isso podem i-

— Lorde Oceano, Lorde Nereu. Olhem. — Um dos soldados das Marés mais ao fundo aponta para a floresta e veem uma silhueta se aproximando deles.

Alguém relativamente alto pela estatura aproximada de 1,75 de altura, Oceano segura o cabo de sua lâmina para o caso de ser algum inimigo, mas se surpreende ao ver o seu sobrinho mais jovem andando até a entrada da floresta com algo imenso sobre suas costas.

— É o Perseu. — Quíron se mostra mais relaxado e feliz ao ver o garoto voltando e alguns cochichos se tornam mais presentes a medida que o garoto entra no campo de visão de todos.

— S-Senhor… O jovem mestre está carregando o corpo de um basilisco em suas costas.— Um basilisco? Não seja ridículo, uma criança de 8 anos não poderia matar um basilisco, soldados treinados já não são 100% capazes de fazer algo assim. Você só pode est-

As palavras parecem desaparecer de Nereu ao ver o corpo do enorme basilisco ser jogado ao chão.

Percy está com suas roupas completamente rasgadas e sujas de lama, sangue e veneno seco de basilisco. Há arranhões e cortes em seus braços e bochechas, mas continua com sua mão como se esperasse o próximo inimigo.

— P-Perseu… — Quíron olha apavorado para o garoto que ergue sua cabeça com um sorriso fraco.

— D-Desculpem a demora. Ainda posso me apresentar? — Ele retira da mochila com sua mão livre a pequena bolsa de frascos.

Oceano a segura vendo um brilho cinza esverdeado dentro da grande maioria, Percy abre um sorriso ladino e dá um tapa fraco na cabeça do outro basilisco caído ao chão.

— Foi mal, eu matei alguns desses, mas acabou que não tive lugar para um. Então decidi arrasta-lo até aqui, espero que não tenha problemas. — Percy olha para todos os participantes que estão espantados com o rapaz, ele logo perde sua consciência caindo no chão desacordado.

— C-Como… — Triton fica apavorado ao ver o irmão caído no chão e ainda respirando.

— Soldado. — Nereu chama atenção de um dos membros de sua ordem, ele se aproxima com um salto rápido ficando de joelhos atrás do homem.

— O que deseja Lorde Nereu?

— Entre em contato com a capital o mais rápido possível. Esse é um assunto de extrema importância.

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LuizDebochado

Um fã de diversas obras em geral, animes, mangás, séries, livros. As minhas favoritas são Percy Jackson, One Piece e Mokushiroku no Yonkishi.

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