- Histórias Não Contadas – Capítulo 1 – Reunião com o Hokage – KakaSaku
- Histórias Não Contadas – Capítulo 2 – Lingerie Azul Celeste
- Histórias Não Contadas – Capítulo 3 – Um Jantar entre Lembranças
- Histórias Não Contadas – Capítulo 4 – Olhos Vermelhos
- Histórias Não Contadas – Capítulo 5 – Só ele me conhece assim
- Histórias Não Contadas – Capítulo 6 – E quem pensa em mim?!
- Histórias Não Contadas – Capítulo 7 – Sombras do Passado (KakaSaku)
- Histórias Não Contadas – Capítulo 8 – Entre Sombras e Promessas (KakaSaku)
- Histórias Não Contadas – Capítulo 9 – Sombras de Lealdade
- Histórias Não Contadas – Capítulo 10 – Laços e Sombras (SasuSaku)
- Histórias Não Contadas – Capítulo 11 – Sombras do Desejo (KakaSaku-SasuSaku)
- Histórias Não Contadas – Capítulo 12: Verdades e Culpa
- Histórias Não Contadas – Capítulo 13: Máscaras de Culpa
- Histórias Não Contadas – Capítulo 14: Sombras do Medo
- Histórias Não Contadas – Capítulo 15: Verdades Incompletas
- Histórias Não Contadas – Capítulo 16: Cicatrizes do Passado
- Histórias Não Contadas – Capítulo 17: Palavras que Cortam
- Histórias Não Contadas – Capítulo 18: Verdades Amargas
O silêncio na cozinha era ensurdecedor. Sasuke segurava o garfo no ar, os olhos fixos em Sakura, que mantinha um olhar calmo, quase casual, mas com uma intensidade que ele conhecia bem. A pergunta sobre Karin – “Você ainda mantém contato com o pessoal do Taka? Jugo, Suigetsu… Karin?” – pairava entre eles, carregada de subtexto. Sarada, no outro cômodo, ria alto com o desenho na TV, alheia à tensão que vibrava na mesa.
Sasuke engoliu em seco, o peso das palavras de Itachi ecoando em sua mente: “Priorize sua família.” A culpa o consumia – culpa por suas ausências, por sua fraqueza, por Karin. Ele olhou para Sakura, o rosto dela suavizado pela luz da manhã, e sentiu o amor que sempre teve por ela, misturado à gratidão por ela nunca tê-lo abandonado, mesmo em seus piores momentos. Mas ele sabia que não podia mais fugir.
— Sakura… — começou, a voz rouca, quase tremendo. Ele colocou o garfo na mesa, os dedos apertando a borda da xícara de café. — Eu… preciso te contar uma coisa.
Sakura ergueu uma sobrancelha, o coração acelerando, mas manteve a expressão neutra. — O quê? — perguntou, o tom ainda leve, mas com um toque de frieza.
Sasuke respirou fundo, os olhos baixando por um momento antes de encontrarem os dela novamente. — Karin… eu e ela… tivemos um caso. Por anos. — Ele fez uma pausa, o peito apertado, as palavras saindo como se arrancadas. — Começou na época da Taka, quando eu estava com Orochimaru. E… continuou, mesmo depois que voltei pra Konoha. Mesmo depois de casar com você.
O silêncio que se seguiu foi pesado, quase palpável. Sakura piscou, o rosto impassível, mas internamente, seu coração disparava. A confirmação do que ela sempre desconfiou a atingiu como um soco, mas a culpa por sua própria traição com Kakashi a impedia de explodir. Ela pensou nas mensagens de Kakashi na madrugada, nos encontros nas Termas, no sonho ardente que tivera horas antes. Como podia julgá-lo?
— Por quê? — ela perguntou, a voz baixa, quase um sussurro, enquanto seus olhos se fixavam nos dele, buscando algo além da culpa que via ali.
Sasuke engoliu em seco, os olhos brilhando com lágrimas que ele lutava para conter. — Não foi amor, Sakura. Não como com você. Karin… ela era… conveniente. — Ele hesitou, a palavra soando mais cruel do que pretendia. — Na época da Taka, ela fazia tudo por mim. Por todos nós. Orochimaru a moldou assim, pra servir, pra ser útil. E eu… eu me aproveitei disso. Me sentia sozinho, perdido, e ela estava lá. Mesmo depois, quando voltei pra Konoha, quando casei com você, ela era… uma âncora. Um lugar onde eu podia descarregar tudo o que não podia com você.
Flashback: Anos atrás, esconderijo de Orochimaru
O ar no esconderijo de Orochimaru era úmido, impregnado com o cheiro de pedra fria e produtos químicos. A luz fraca das tochas projetava sombras nas paredes, criando uma atmosfera claustrofóbica. Karin, ajoelhada no chão de pedra, os cabelos vermelhos desgrenhados, trabalhava com uma intensidade quase mecânica. À sua frente, Sasuke e Suigetsu estavam de pé, os corpos tensos, mas relaxados pela presença dela. A submissão de Karin era palpável, gravada em cada movimento, cada olhar.
Ela segurava o membro de Suigetsu com uma mão, masturbando-o com movimentos precisos, enquanto sua boca envolvia Sasuke, os lábios quentes e úmidos trabalhando com uma dedicação febril. Seus olhos, escondidos por trás dos óculos tortos, brilhavam com uma mistura de determinação e vazio. Ela chupava Sasuke com força, a língua traçando círculos ao redor da glande, descendo até a base, enquanto sua mão livre mantinha o ritmo em Suigetsu. O gemido rouco de Sasuke ecoava no espaço, misturado ao som úmido dos movimentos dela.
Suigetsu, com um sorriso malicioso, segurou a cabeça de Karin puxando ela pra si, os dedos emaranhando-se nos cabelos vermelhos. Ele empurrou o membro até o fundo da garganta dela, segurando-a ali enquanto ela engasgava, os olhos lacrimejando. O som de sua respiração dificultada enchia o ar, mas ela não resistiu. Quando ele a soltou, Karin tossiu e arrumou os óculos, o rosto vermelho, mas voltou imediatamente ao trabalho, os lábios envolvendo Suigetsu novamente, como se o sofrimento fosse apenas parte do processo. Ela segurava o choro, o peito apertado, sabendo que seu valor estava em ser útil, em servir.
— Isso, Karin… — Suigetsu murmurou, a voz carregada de prazer, enquanto ela voltava a chupá-lo, a mão agora em Sasuke, mantendo o ritmo. Ele gozou primeiro, jatos quentes atingindo o rosto dela, pingando sobre os óculos e os cabelos. Karin não hesitou, limpando o rosto com o dorso da mão antes de voltar a atenção para Sasuke, os lábios envolvendo-o com ainda mais intensidade. Suigetsu, satisfeito, cambaleou para o lado, rindo baixo enquanto saía de cena.
Foi então que Orochimaru apareceu, sua figura esguia emergindo das sombras, um sorriso viperino nos lábios. — Excelente, Karin — disse, enquanto se aproximava. — Você está cumprindo seu propósito.
Sasuke, ainda ofegante, olhou para Orochimaru, uma sombra de desconforto em seus olhos. — Ela não precisa fazer isso — disse, a voz baixa, quase um protesto.
Orochimaru riu, um som frio que ecoou no esconderijo. — Não sinta pena dela, Sasuke. Estou apenas ajudando Karin a despertar seu verdadeiro potencial. O sexo é uma expansão do chakra, um momento de conexão primal. Ela transmuta essa energia para fortalecer sua habilidade de regeneração. Não é, Karin?
Karin, ainda ajoelhada, os lábios trabalhando em Sasuke com uma intensidade quase desesperada, assentiu sem parar. — Eu só quero ser útil — murmurou, a voz abafada, os olhos brilhando com uma mistura de devoção e dor. — Quero melhorar… pra você.
Sasuke hesitou, mas a manipulação de Orochimaru era convincente, e o prazer que Karin proporcionava apagava qualquer resistência. Ela intensificou os movimentos, a língua dançando com uma habilidade que o fazia gemer alto, as mãos dele instintivamente segurando os cabelos dela. Quando ele gozou, foi com um gemido rouco, o corpo tremendo enquanto ela engolia tudo, os olhos fixos nele, como se buscasse aprovação. Orochimaru observava-o, sorriso satisfeito, enquanto Karin limpava os lábios, o rosto corado, mas vazio.
Fim do Flashback
De volta à cozinha, Sasuke olhou para Sakura, os olhos marejados, a culpa o consumindo.
— Eu nunca quis te machucar, Sakura. Por anos, procurei formas de contar a verdade, mas… eu era fraco. Tinha medo de te perder, de perder Sarada. — Ele colocou a mão sobre a dela na mesa, os dedos trêmulos. — Eu te amo. Sempre amei. E as palavras do Itachi… estar aqui com você e Sarada… isso me fez ver o quanto eu fui idiota.
Sakura recuou a mão suavemente, o rosto sério, quase frio. Internamente, ela estava em pedaços. A confissão de Sasuke confirmava suas suspeitas, mas também a forçava a confrontar sua própria culpa. Ela pensou em Kakashi, nos encontros secretos, na mensagem que trocara com ele na madrugada. Como podia julgá-lo, quando ela mesma vivia uma mentira? Mas a dor era real – Sasuke a traíra por anos, desde antes do casamento, enquanto ela se culpava por Kakashi.
Ela olhou para Sarada, que ria na sala, absorta no desenho animado. — Vou levar a Sarada pra casa da minha mãe — disse, a voz firme, mas distante. — Fica aqui, Sasuke. A gente precisa conversar quando eu voltar.
Sasuke assentiu, a cabeça baixa, consumido pela culpa e pela ansiedade. — Tudo bem — murmurou, os olhos fixos na mesa, perdido em pensamentos sobre o que viria a seguir.
Sakura se levantou, pegando Sarada no colo com um sorriso forçado. — Vamos visitar a vovó, tá bem? — disse à filha, que assentiu animada. Antes de sair, ela olhou para Sasuke, reforçando: — Me espera aqui.
Ele concordou, o peso de sua confissão o ancorando à cadeira. Sakura saiu, a mente um turbilhão. Ela deixou Sarada com os pais e ia voltar direto para casa, mas enquanto caminhava pelas ruas de Konoha, viu Karin a caminho do hospital, os cabelos vermelhos brilhando ao sol. Algo dentro dela mudou. A frieza deu lugar a uma determinação súbita. Ela precisava ouvir a versão de Karin, entender o que havia entre ela e Sasuke.
Sakura apressou o passo, alcançando Karin na rua. — Karin — chamou, a voz firme, mas carregada de emoção. Karin parou, surpresa, os olhos arregalados atrás dos óculos. — A gente precisa conversar. Sobre o Sasuke. Eu sei de vocês dois.
O ar entre elas ficou pesado, os olhos de Karin brilhando com uma mistura de medo e resignação. O silêncio que se seguiu era um prenúncio de verdades que poderiam mudar tudo.
Epílogo
No Palácio do Hokage, a reunião da Aliança Shinobi estava prestes a começar. O Raikage A e Killer B já estavam acomodados, trocando comentários descontraídos enquanto esperavam os outros. A digitava no celular, um sorriso discreto nos lábios, enquanto Killer B o provocava: — Yo, mano, ainda tá na vibe da loirinha? Ino deve tá louca pra te ver de novo!
A riu, balançando a cabeça. Ele verificou o celular, vendo de novo a mensagem de Mei Terumi, sua esposa, confirmando que chegaria em breve. A aliança entre o País do Raio e o País da Água, fortalecida pelo casamento deles, tornava as reuniões políticas um palco tanto para estratégias quanto para suas conexões pessoais.
Gaara, o Kazekage, já estava no palácio também. — Tente não dormir na reunião, Shikamaru — Gaara brincou, arrancando um resmungo do cunhado. Temari riu, abraçando o irmão, enquanto os três seguiam para a sala de reuniões.
Kurotsuchi, a Tsuchikage, caminhava com eles, sua presença confiante enchendo o corredor. Já na sala, ela cumprimentou os outros Kages com um aceno, os olhos brilhando com a expectativa da discussão. A reunião da Aliança Shinobi prometia ser tensa, com a questão da redenção de Itachi e Obito na pauta principal, e as lealdades de Konoha – e de seus habitantes – sendo testadas sob o peso de segredos antigos e novos.
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