Histórias Não Contadas – Capítulo 10 – Laços e Sombras (SasuSaku)

"Algumas histórias nunca foram contadas, ao menos até hoje... O cotidiano quase sempre é mais interessante do que as grandes histórias que vão pros livros. Romance, drama, sorrisos e lágrimas escreveram mais histórias do que papel e tinta."
Esta é a parte 10 de 18 da série Histórias Não Contadas



Sasuke abriu a porta de casa, o cheiro de comida caseira – arroz com curry e vegetais grelhados – envolvendo-o como um abraço. A luz suave da sala iluminava Sarada, que brincava com bonecos ninja no tapete, e Sakura, que saía da cozinha com um avental manchado e um sorriso que fez o peito dele apertar. A presença da filha e da esposa apagava, por um momento, o peso das missões, das desconfianças, das escolhas que ele carregava como cicatrizes.

— Papai! — Sarada correu para ele, os cabelos escuros balançando, os olhos brilhando com uma alegria pura. Sasuke se abaixou, envolvendo-a em um abraço apertado, o calor do pequeno corpo contra o seu trazendo uma paz que ele raramente sentia.

— Como está minha ninja preferida? — perguntou, a voz suave, enquanto bagunçava o cabelo dela.

— Eu fiz um desenho pra você! — Sarada exclamou, puxando-o pela mão até uma pilha de papéis na mesa. Era um desenho dela, Sasuke e Sakura, com um sol enorme brilhando acima. Sasuke sorriu, o coração aquecido. Mesmo ausente por meses, o laço com Sarada era forte, construído em momentos roubados como esse.

Sakura observava a cena, os olhos brilhando com uma mistura de orgulho e alívio. Quando a família estava assim, unida, os problemas externos – Kakashi, as ausências de Sasuke, as dúvidas que a corroíam – desapareciam. Era como se o mundo lá fora não existisse, e ela podia se permitir ser apenas a mãe de Sarada, a esposa de Sasuke.

O jantar correu perfeito. Sentados à mesa, com Sarada contando histórias animadas sobre suas aulas na academia ninja, Sasuke e Sakura trocavam olhares que diziam mais do que palavras. Ele contou sobre a missão, a voz firme, mas carregada de emoção ao falar de Itachi.

— Estou aperfeiçoando a técnica de Shisui — explicou, enquanto servia mais curry para Sarada. — É um genjutsu perfeito. O alvo fica completamente inconsciente, mas acredita que está agindo por vontade própria. Usei isso pra fazer criminosos confessarem crimes atribuídos a Itachi. Cada confissão é um passo pra limpar o nome dele, pra ele poder voltar pra Konoha.

Sakura assentiu, impressionada. — Isso é incrível, Sasuke. Itachi merece isso. — Ela colocou a mão sobre a dele, um gesto simples que carregava anos de apoio incondicional.

Sarada bocejou, os olhos pesando, e Sasuke riu baixo. — Acho que alguém tá precisando dormir. — Ele a pegou no colo, a menina aninhando-se contra seu peito, e a levou para o quarto. Sakura observou, o coração cheio. Ver Sasuke como pai, tão dedicado apesar de suas ausências, a fazia esquecer de tudo – até mesmo de Kakashi.

Quando Sasuke voltou, a casa estava silenciosa, exceto pelo som suave do vento contra as janelas. Ele se aproximou de Sakura, que estava no sofá, o avental jogado de lado, o cabelo solto caindo sobre os ombros. Ele se sentou ao lado dela, os olhos escuros brilhando com uma intensidade que a fez estremecer.

— Senti sua falta — ele murmurou, a voz rouca, enquanto deslizava a mão pela nuca dela, os dedos quentes contra sua pele. — Desculpa por estar tanto tempo fora. De novo.

Sakura sorriu, acostumada ao discurso, mas ainda sentindo o peso das palavras. — Eu sei, Sasuke. Você tem sua missão, sua causa. Eu me senti sozinha, sim, mas… entendo. — Ela se inclinou, os lábios roçando os dele. — Só não me deixa esperar tanto da próxima vez.

O beijo começou suave, mas logo ganhou urgência, movido pela saudade e pela culpa que ambos carregavam. Sakura tomou a iniciativa, aprofundando o beijo, as mãos subindo pelo peito dele, sentindo os músculos firmes sob a camisa. Sasuke se deixou levar, as mãos encontrando a cintura dela, puxando-a para seu colo. O calor do corpo dela contra o seu era como uma chama, apagando o cansaço da viagem, as sombras de Karin, de Ino, de tudo que ele escondia.

Sakura desabotoou a camisa dele, os dedos ágeis, enquanto os lábios dele deslizavam pelo pescoço dela, mordiscando levemente a pele sensível. O gemido baixo que ela deixou escapar o incendiou. Ele puxou a blusa dela, o tecido caindo no chão, revelando a pele macia, os seios cobertos apenas por um sutiã simples que ele desfez com um movimento rápido. As mãos dele exploraram cada curva, os polegares roçando os mamilos endurecidos, arrancando outro gemido dela.

— Sasuke… — ela sussurrou, os olhos semicerrados, enquanto se movia contra ele, sentindo a ereção dele pressionando através da calça. Ela desceu as mãos, abrindo o cinto dele com uma urgência que refletia a dela própria. A calça saiu, e Sakura deslizou para o lado, ajudando-o a se livrar do resto das roupas, até que ele estava nu, o corpo esguio e marcado por cicatrizes exposto sob a luz suave da sala.

Ela se inclinou, beijando o peito dele, a língua traçando um caminho lento até o abdômen, enquanto as mãos dele se enterravam em seus cabelos. Sasuke gemeu, a voz rouca, enquanto ela descia mais, os lábios roçando a pele quente da virilha. Mas antes que ela pudesse ir além, ele a puxou de volta, virando-a no sofá com uma força controlada, deitando-a de costas. Ele se posicionou sobre ela, os olhos escuros fixos nos dela, cheios de desejo e algo mais profundo – amor, culpa, saudade.

— Você é tudo pra mim — ele murmurou, antes de beijá-la novamente, as mãos deslizando pelas coxas dela, abrindo-as gentilmente. Ele tirou a calça dela, a calcinha seguindo logo depois, e por um momento, apenas a admirou, a pele corada, o peito subindo e descendo rápido. Então, ele se inclinou, a língua traçando um caminho lento pela parte interna da coxa, subindo até o centro dela, onde o calor e a umidade o receberam.

Sakura arqueou o corpo, as mãos agarrando o encosto do sofá, um gemido alto escapando enquanto ele a explorava com a boca, os movimentos precisos. A língua dele era implacável, alternando entre toques suaves e mais intensos, levando-a ao limite. — Sasuke… por favor… — ela implorou, as unhas cravando no tecido do sofá.

Ele subiu, o corpo alinhado com o dela, e a penetrou lentamente, os dois gemendo juntos com a sensação. Cada movimento era uma mistura de urgência e cuidado, os corpos se movendo em um ritmo que era ao mesmo tempo familiar e novo. Sakura envolveu as pernas ao redor da cintura dele, puxando-o mais fundo, os gemidos dela ecoando na sala enquanto o prazer crescia. Sasuke segurava o rosto dela, os polegares acariciando as bochechas, os olhos nunca deixando os dela. Era amor, puro e complicado, misturado com a culpa que ambos carregavam – ela por Kakashi, ele por Karin e Ino.

Quando o clímax se aproximava, Sakura se moveu com ele, os corpos colidindo com uma intensidade que apagava o mundo ao redor. Ela gozou primeiro, o corpo tremendo sob o dele, o nome dele escapando em um grito abafado. Sasuke a seguiu logo depois, o prazer o dominando enquanto ele se perdia nela.

Mas o momento não terminou ali. Sakura, ainda ofegante, deslizou do sofá, ajoelhando-se no chão entre as pernas dele. Sasuke, agora sentado, a observou com os olhos semicerrados, o peito subindo e descendo rápido. Ela segurou a base do membro dele, ainda sensível, e o levou à boca, os lábios quentes e úmidos envolvendo-o. A língua dela trabalhava com uma habilidade que o fazia gemer alto, as mãos dele instintivamente segurando os cabelos cor-de-rosa, guiando-a suavemente. O ritmo dela era perfeito, alternando entre lento e rápido, os olhos erguidos para encontrar os dele, cheios de uma mistura de devoção e desejo.

Sasuke sentiu o prazer crescendo novamente, o calor se acumulando. Por um instante, enquanto o êxtase o dominava, o nome de Karin quase escapou de seus lábios – a memória de outra mulher que o satisfazia de forma tão intensa. Ele se conteve, mordendo o lábio, mas o olhar culpado o traiu. Sakura, ainda ajoelhada, terminou com um último movimento lento, engolindo enquanto o encarava. Ela subiu, deitando-se ao lado dele no sofá, o corpo quente contra o seu.

— O que foi? — perguntou, a voz suave, mas preocupada, ao notar a sombra nos olhos dele. 

— Não, não é nada — ele respondeu, rápido demais, a culpa apertando seu peito. — Só… cansaço. A viagem foi longa.

Ela franziu a testa, mas não insistiu. — Vem. Vamos tomar um banho e dormir, você nitidamente precisa — sugeriu, levantando-se e estendendo a mão para ele. Sasuke a seguiu, o peso de suas escolhas o acompanhando enquanto subiam as escadas, os corpos ainda quentes do que haviam compartilhado.


Epílogo

Na madrugada, enquanto Konoha dormia, Kakashi caminhava pelos corredores escuros da prisão da vila. O ar era úmido, cheirando a pedra e metal. Ele parou diante de uma cela, a grade fria sob seus dedos, e olhou para o homem lá dentro.

— Ainda preciso de mais tempo — disse, a voz baixa, mas firme. — As informações que Itachi mandou vão ajudar no seu julgamento, mas a Aliança é lenta.

Obito, sentado no canto da cela, ergueu os olhos. Ele sobreviveu à Grande Guerra, virando-se contra Madara e Zetsu quando a verdade sobre suas manipulações veio à tona. Agora, como prisioneiro de guerra, ele aguardava a redenção que Kakashi prometeu conseguir pra ele. — Você sempre foi otimista, Kakashi — disse, a voz rouca, com um traço de sarcasmo. — Mas eu confio em você. Prove que eu fui só uma marionete de Madara.

Kakashi assentiu. — Eu vou. Por você. E por Itachi.

Enquanto saía da prisão, o peso de suas promessas – a Obito, a Itachi, e a si mesmo – o acompanhava, tão pesado quanto o segredo que ele ainda guardava com Sakura.

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Mestre_Andur

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