Histórias Não Contadas – Capítulo 8 – Entre Sombras e Promessas (KakaSaku)

"Algumas histórias nunca foram contadas, ao menos até hoje... O cotidiano quase sempre é mais interessante do que as grandes histórias que vão pros livros. Romance, drama, sorrisos e lágrimas escreveram mais histórias do que papel e tinta."
Esta é a parte 8 de 18 da série Histórias Não Contadas



As palavras a atingiram como um golpe. Sakura abriu a boca, mas nada saiu. Seu coração disparou, o calor subindo pelo pescoço. Kakashi deu um passo à frente, hesitante, como se temesse atravessar uma linha invisível, mas ele precisava dela de novo, de seus lábios. Sakura sentiu os olhos arderem. A raiva, a saudade, o desejo – tudo colidia dentro dela.

Uma vez mais as mãos dele encontraram a cintura dela, puxando-a contra si, enquanto o ensopado na cozinha foi esquecido, a panela borbulhando inutilmente enquanto eles se perdiam um no outro em mais um beijo apaixonado.

Kakashi a guiou até o sofá, os movimentos urgentes, mas gentis. Ele a deitou, o peso de seu corpo sobre o dela enviando uma onda de calor por sua pele. As mãos dele deslizaram sob a blusa dela, os dedos ásperos contrastando com a suavidade de sua pele, reacendendo memórias das Termas – o vapor, a água quente, os gemidos abafados. Sakura arqueou o corpo contra o dele, puxando-o mais perto, as unhas cravando em suas costas. Cada toque, cada beijo, era uma tentativa de apagar a distância que os separou, de saciar a saudade que queimava.

— Sakura… — ele murmurou contra seu pescoço, a voz rouca, quase suplicante, enquanto desabotoava a calça dela com uma urgência controlada.

Ela não respondeu, apenas o puxou para outro beijo, os lábios famintos, os corpos se movendo em um ritmo que era ao mesmo tempo familiar e novo. As roupas caíram, espalhadas pelo chão, e por um momento, o mundo se resumiu àquele sofá, à respiração entrecortada, ao calor de seus corpos colididos. Quando ele a penetrou, Sakura deixou escapar um gemido baixo, os olhos fechados, perdida na sensação de tê-lo novamente. Era errado, ela sabia, mas naquele momento, nada mais importava.

A forma com que eles faziam era única, intensa e urgente. As estocadas firmes emanavam choques por toda a extensão de seu corpo. O encaixe era perfeito e o som de seus corpos se chocando se misturavam aos gemidos de ambos e tomava o ambiente transformando aquela sala em um ambiente de pura luxúria e prazer. Eles transavam com os olhos conectados, quase presos um no outro, sentindo cada expressão, cada gemido, até mesmo suas respirações estavam sincronizadas. 

Sakura se perdeu nesse mar de sensações e emoções e se entregou a um orgasmo forte, tensionando todo o corpo e até mesmo parando de respirar. Todo seu corpo ficou tenso antes de relaxar nos braços de seu sensei que sabia o que acontecera ali e sorriu satisfeito.

— Goza pra mim  — disse sussurrando no ouvido dela enquanto sentia ela amolecer e mantinha a frequência das estocadas.

Sakura se limitou a sorrir e se deixar relaxar e assim ficou até que sentiu ele sair de dentro dela, um pouco apressado. Ela sabia que ele estava perto de gozar também, sentia seu cheiro e seu membro pulsante agora ao seu alcance. Ela sabia como ele gostava e o segurou firme e começou a masturbar seu sensei com força e velocidade enquanto a outra mão massageava seu saco. Não demorou até os primeiros jatos pintarem toda sua barriga e seios e ela abrir um sorriso sentindo ele pulsar na sua mão de olhos fechados com uma expressão de prazer no rosto. Ele sorriu, saiu da mão dela e voltou a penetrá-la  por mais um tempo enquanto se beijavam e o corpo de ambos ia se acalmando.

Depois, deitados no sofá, os corpos ainda entrelaçados, a realidade voltou como uma onda fria. Sakura se afastou. O cheiro do ensopado queimado pairava no ar, um lembrete do almoço que nunca aconteceu. Ela se sentou, puxando a blusa para cobrir o corpo, a culpa apertando seu peito. Só teve tempo de usar a roupa de Kakashi para se limpar.

— Eu… eu preciso ir — disse, a voz trêmula, enquanto vestia as roupas às pressas. — Isso não deveria ter acontecido, Kakashi. Eu vou me casar.

Ele a observou em silêncio, a máscara de volta ao rosto, mas os olhos expostos, cheios de uma dor que ele não tentou esconder. — Eu sei — ele disse, simplesmente. — Mas se você mudar de ideia… estarei aqui.

Sakura não respondeu. Com o coração apertado, ela saiu, o peso da culpa misturado a um desejo que se recusava a morrer.


No fim da tarde, Sakura encontrou Ino em uma cafeteria na vila, o sol já baixo no horizonte. Sentada em uma mesa de canto, ela segurava uma xícara de chá que mal tocara, os pensamentos um redemoinho. Ino chegou com um sorriso, mas ao ver a expressão da amiga, franziu a testa.

— E aí? Deu tudo certo com o Sasuke? — Sakura perguntou, tentando soar casual.

— Sim, Sasuke tá todo animado com o bolo. Escolheu um de três andares com detalhes em cerejeira. Mas esquece isso. — Ino se inclinou, os olhos brilhando de curiosidade. — Me conta tudo. O que rolou com o Kakashi?

Sakura hesitou, o rosto corando. Mas com Ino, não havia segredos. — A gente… não almoçou — começou, a voz baixa. — Ele disse que me ama, Ino. Que sempre me amou. E eu… eu não aguentei. A gente acabou… transando. No sofá, como se nada tivesse mudado.

Ino ergueu as sobrancelhas, mas não parecia surpresa. — Detalhes, Sakura. Não me poupe.

Sakura suspirou, o rubor aprofundando. — Foi intenso. Ele me puxou pra ele, e foi como se todo o tempo que passamos separados não existisse. As mãos dele… ele sabe exatamente onde tocar, como me fazer perder o controle. Foi rápido, mas ao mesmo tempo… profundo. Como se a gente estivesse tentando compensar todos aqueles meses. — Ela parou, os olhos baixos. — Mas depois, a culpa veio. Eu amo o Sasuke, Ino. Mas com Kakashi… é diferente. É como se eu precisasse dos dois.

Ino segurou a mão dela, o olhar firme. — Você tá se sentindo culpada, mas também tá ansiosa pra ver ele de novo, não é?

Sakura assentiu, mordendo o lábio. — É errado, mas… sim. Eu quero mais.


Naquela noite, Sakura encontrou Sasuke nas Termas, que serviam como hotel temporário enquanto sua casa estava em reforma. Ele a recebeu com um sorriso raro, os olhos escuros brilhando de animação. Durante o jantar, ele falou sobre o casamento – as flores, a música, a ideia de um arco de cerejeiras na entrada. Sakura sorria, mas sua mente vagava, o cheiro de pinho de Kakashi ainda preso em sua memória.

Depois do jantar, eles subiram para o quarto nas Termas. O ambiente era quente, o vapor subindo em espirais, o som da água corrente ecoando ao fundo. Sasuke a puxou para um beijo, suas mãos firmes na cintura dela, e Sakura se deixou levar, tentando apagar Kakashi de seus pensamentos. Ele a deitou na cama, os movimentos confiantes, o corpo atlético pressionando o dela. Seus beijos desceram pelo pescoço dela, as mãos desabotoando a blusa com uma urgência que a fez estremecer.

— Você tá tão linda hoje — ele murmurou, os lábios roçando a clavícula dela enquanto tirava o resto de suas roupas.

Sakura fechou os olhos, mas em vez de Sasuke, viu Kakashi – o toque áspero de suas mãos, o peso de seu corpo. Ela tentou se concentrar em Sasuke, no calor de sua pele, na forma como ele a tocava com uma mistura de reverência e desejo. Ele era bom, habilidoso, cada movimento calculado para levá-la ao êxtase. Quando ele a penetrou, ela arqueou o corpo, os gemidos escapando enquanto se agarrava a ele. Mas mesmo no auge do prazer, a imagem de Kakashi persistia, uma sombra que não a deixava. Ainda assim, Sasuke a levou ao clímax, e ela se entregou, os corpos colapsando juntos na cama.

Eles adormeceram entrelaçados, o calor do quarto envolvendo-os, mas o coração de Sakura permanecia dividido.


Passagem de tempo

Nos meses que se seguiram, Sakura e Kakashi encontravam-se quase todos os dias. Sob o pretexto de missões médicas para a vila, Kakashi a levava para fora de Konoha – florestas isoladas, vilarejos distantes, qualquer lugar onde pudessem estar juntos sem olhos curiosos. Eram dias de paixão desenfreada, de conversas sussurradas e silêncios carregados de significado. Sakura sugeriu manter as coisas como eram no passado – um segredo, um refúgio. Kakashi, incapaz de resistir, concordou, mesmo sabendo que isso os destruiria um dia.

À noite, ela voltava para Sasuke. Eles jantavam, faziam amor, planejavam o casamento. Sasuke estava mais presente, mais aberto, e Sakura o amava – de uma forma diferente, mas real. Ela se sentia presa entre dois mundos, incapaz de escolher, mas também incapaz de abrir mão de nenhum dos dois.

O casamento ocorreu como planejado, uma cerimônia belíssima sob as cerejeiras de Konoha. Sakura, de branco, sorria ao lado de Sasuke, enquanto Kakashi, entre os convidados, assistia com um olhar que escondia tudo o que sentia.


Epílogo

Os anos passaram. Sasuke, agora marido de Sakura, comprometeu-se a redimir os erros de Itachi, viajando em missões longas para restaurar o nome dos Uchiha. Ele partia por semanas, às vezes meses, deixando Sakura em Konoha. Quando ela descobriu que estava grávida, a notícia trouxe alegria, mas também uma solidão que Sasuke não podia preencher à distância. Ele acompanhava a gestação por cartas e visitas esporádicas, sempre prometendo voltar logo.

Enquanto isso, Kakashi permanecia em Konoha, uma presença constante na vida de Sakura. Seus encontros continuavam, agora com uma nova camada de complexidade. Com um filho a caminho, Sakura sabia que as escolhas que fazia não eram mais só suas. Mas, por enquanto, ela vivia entre sombras e promessas, incapaz de decidir qual caminho seguir.

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Mestre_Andur

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