- Histórias Não Contadas – Capítulo 1 – Reunião com o Hokage – KakaSaku
- Histórias Não Contadas – Capítulo 2 – Lingerie Azul Celeste
- Histórias Não Contadas – Capítulo 3 – Um Jantar entre Lembranças
- Histórias Não Contadas – Capítulo 4 – Olhos Vermelhos
- Histórias Não Contadas – Capítulo 5 – Só ele me conhece assim
- Histórias Não Contadas – Capítulo 6 – E quem pensa em mim?!
- Histórias Não Contadas – Capítulo 7 – Sombras do Passado (KakaSaku)
- Histórias Não Contadas – Capítulo 8 – Entre Sombras e Promessas (KakaSaku)
- Histórias Não Contadas – Capítulo 9 – Sombras de Lealdade
- Histórias Não Contadas – Capítulo 10 – Laços e Sombras (SasuSaku)
- Histórias Não Contadas – Capítulo 11 – Sombras do Desejo (KakaSaku-SasuSaku)
- Histórias Não Contadas – Capítulo 12: Verdades e Culpa
- Histórias Não Contadas – Capítulo 13: Máscaras de Culpa
- Histórias Não Contadas – Capítulo 14: Sombras do Medo
- Histórias Não Contadas – Capítulo 15: Verdades Incompletas
- Histórias Não Contadas – Capítulo 16: Cicatrizes do Passado
- Histórias Não Contadas – Capítulo 17: Palavras que Cortam
- Histórias Não Contadas – Capítulo 18: Verdades Amargas
A chuva dera uma trégua em Konoha, e o silêncio da madrugada envolvia a aldeia como um manto. Sakura Haruno caminhava pelas ruas desertas, o som de seus passos ecoando nas pedras úmidas, a bolsa balançando em seu ombro. Eram quase 4h da manhã, e o ar frio carregava o cheiro de terra molhada e flores silvestres, misturado ao perfume de pinho que ainda parecia impregnado em sua pele — uma lembrança insistente de Kakashi. Cada encontro com ele era uma tempestade emocional, uma onda de prazer e culpa que a deixava à deriva. Hoje não fora diferente.
As memórias vinham em flashes: o calor dos lábios de Kakashi, a textura da renda preta contra sua pele, o som rouco de seus gemidos. Mas, ao mesmo tempo, imagens de Sasuke surgiam, tão vívidas que doíam — o sorriso raro, a promessa de um futuro juntos, a casa que construíram. Sakura apertou o passo, tentando fugir dos pensamentos, mas eles a perseguiam como sombras.
Flashback
O som de risos e música ainda ecoava em sua mente quando Sasuke abriu a porta com o pé, carregando Sakura no colo. Ela estava vendada, os cabelos cor-de-rosa salpicados de arroz do casamento, o vestido branco esvoaçante abraçando suas curvas. O cheiro das flores no buquê misturava-se ao perfume amadeirado de Sasuke, e ela ria, abraçada ao pescoço dele.
— Sasuke, não precisa — disse, a voz leve, enquanto tentava ajustar a venda.
— É tradição, Sakura — respondeu ele, o tom firme, mas com um toque de ternura. — Além do mais, você merece que seu marido a carregue no colo no seu primeiro dia na casa nova.
Sasuke a colocou de pé, seus passos ecoando no piso de madeira polida. Ele se posicionou atrás dela, os lábios roçando a orelha enquanto sussurrava: — Bem-vinda à sua casa, senhora Sakura Haruno Uchiha. — Com um gesto suave, retirou a venda.
Sakura levou a mão à boca, os olhos verdes arregalados. A casa de madeira escura era um equilíbrio perfeito entre modernidade e tradição: móveis de linhas simples, quadros com paisagens de Konoha nas paredes, jarros de cerâmica com flores frescas exalando um perfume delicado. Na mesa da sala, um banquete aguardava — pratos coloridos de sushi, tempurá e sobremesas, dispostos com cuidado. A luz suave das luminárias criava um ambiente acolhedor, e o cheiro de comida caseira enchia o ar.
— Sasuke… — murmurou ela, a voz embargada, as lágrimas ameaçando cair. — V-você fez tudo isso?
— Queria dizer que sim, mas não fiz sozinho — admitiu ele, um sorriso tímido curvando os lábios. — Nossos amigos ajudaram. Ino, Tenten, Hinata e até o idiota do Naruto receberam os móveis e arrumaram tudo como pedi. O banquete foi presente dos Akimichi — parece que eles só pensam em comida, então deixei que dessem o presente que queriam. — Ele riu, um som raro e genuíno. — Kakashi também ajudou sem querer, te entupindo de trabalho e viagens essa semana pra eu organizar tudo sem você desconfiar. Achei que seus pais fossem deixar escapar, mas, por sorte, ficaram calados. E aí? Gostou?
Sakura pulou no colo dele, os lábios encontrando os dele em um beijo cheio de emoção. Lágrimas escorriam por suas bochechas, misturando-se aos sorrisos. — Você é incrível! Eu te amo, sempre te amei e sempre vou te amar!
— Obrigado por não desistir de mim, Sakura — disse Sasuke, os olhos suavizando enquanto a encarava. — Eu prometo que você não vai se arrepender de ter lutado tanto por mim. Você, Kakashi e até o Naruto… devo a vida a vocês, que me fizeram perceber que o ódio me cegava. E você, minha bela flor de cerejeira, me mostrou que, mesmo sendo irritante e patética… — ambos riram da piada interna — …me amava acima de tudo.
Ele a abraçou com força, o calor do corpo dele envolvendo-a como uma promessa. — Agora você é minha, e eu sou seu. Pra sempre. Nossa família é tudo que importa.
— Eu sou sua… — murmurou Sakura, retribuindo o abraço. Mas, ao erguer os olhos, seu olhar caiu sobre uma foto na parede: ela, Sasuke e Naruto, com Kakashi ao fundo, sorrindo sob a máscara. A culpa a atingiu como um soco. Poucos dias antes, enquanto Sasuke planejava aquele momento perfeito, ela estava nos braços de Kakashi, perdida em seus toques, sua voz, seu calor. A imagem do sensei a assombrava, e ela odiou a si mesma por isso.
— Meu amor, vamos — disse abruptamente, puxando Sasuke pela mão, forçando um sorriso. — Me mostra o resto da casa.
Ela precisava fugir daqueles pensamentos, daquele peso. Era sua noite de núpcias, o dia mais importante de sua vida, e ainda assim, Kakashi ocupava sua mente. Não era justo. Sasuke mudara por ela, tornara-se o homem que ela sempre sonhara, e mesmo assim, ela continuava errando.
Na cozinha, Sakura virou-se de súbito, agarrando Sasuke com urgência, suas mãos abrindo a camisa dele com pressa. — Sakura, quer mesmo consumar nosso casamento aqui na cozinha? — perguntou ele, rindo, mas se deixando levar pelo desejo nos olhos dela.
— Quero você, Sasuke. Agora! — exclamou ela, a voz carregada de desespero. — Preciso de você! Me faz sua mulher. Me mostra que sou sua! — As palavras eram um grito interno, uma tentativa de apagar Kakashi, de se ancorar em Sasuke.
Sasuke tomou as rédeas, virando-a contra o balcão, os lábios encontrando o pescoço dela enquanto abria o vestido branco, o tecido caindo como pétalas. O ar da cozinha era fresco, contrastando com o calor da pele deles. Ele ajoelhou-se, puxando a calcinha dela para baixo, e começou um oral por trás, a língua explorando-a com uma precisão que a fez gemer. O som ecoava no silêncio da casa, misturando-se ao cheiro de flores e comida.
Mas então, do outro lado do balcão, Sakura viu Kakashi. Ele estava lá, de braços cruzados, os olhos brilhando com um misto de provocação e tristeza. — Você também adora quando eu faço assim — disse ele, a voz ecoando em sua mente.
— Você não está aqui! Sai da minha cabeça! — pensou Sakura, sacudindo a cabeça. A imagem desapareceu, mas logo reapareceu ao lado dela, mais perto. — Você queria que fosse eu, por isso está pensando em mim…
— NÃO! Sai daqui! — gritou ela, a voz escapando em alto e bom som.
Sasuke parou, ainda ajoelhado, e se afastou, confuso. — Sakura, o que aconteceu? Fiz algo errado?
— Não! Não é nada, não é você… — respondeu ela, o coração disparado.
— Vai machucar ele, Sakura. Cuidado com as palavras — disse a imagem de Kakashi, agora ao lado de Sasuke.
— Cala a boca! — exclamou ela, as mãos tremendo.
— Calar a boca? Eu não disse nada… Sakura, você tá bem mesmo? — perguntou Sasuke, levantando-se, o rosto marcado pela preocupação.
— E-eu… desculpa… acho que tô cansada — murmurou Sakura, os olhos desviando para o chão. — Mas eu quero isso. É nossa noite de núpcias, e eu preciso de você… preciso esquecer que o mundo lá fora existe e lembrar que agora só importamos eu e você. — Ela olhou para a imagem de Kakashi, que deu de ombros e desapareceu.
— Sakura, meu amor, não precisamos fazer isso assim, de qualquer jeito — disse Sasuke, segurando o rosto dela com cuidado. — Você tá claramente cansada.
— Mas eu quero. Preciso de você — insistiu ela, beijando-o com urgência, as mãos acariciando o peito dele, sentindo a excitação ainda presente. — Me deixa provar que mereço o seu amor.
Sakura ajoelhou-se, os dedos abrindo a calça dele, e o tomou na boca, os lábios envolvendo-o com uma dedicação quase desesperada. Sasuke gemeu, segurando os cabelos dela, o som grave reverberando na cozinha. Sakura se esforçava, mas seus olhos desviavam para os lados, procurando a imagem de Kakashi. Ele parecia ter ido embora, mas a culpa permanecia.
A noite de núpcias continuou, romântica e sensual. Eles passaram pela sala, os corpos entrelaçados, e subiram para o quarto, onde Sakura montou nele, controlando o ritmo, os gemidos dela enchendo o espaço. O cheiro de sexo impregnava o ar, e o calor dos corpos era quase sufocante. Quando ambos alcançaram o clímax, desabaram na cama, ainda encaixados, o suor brilhando na pele. Mas, antes de adormecer, Sakura viu Kakashi novamente, parado no canto do quarto, observando-a. Ela virou o rosto, beijou Sasuke com força, e fechou os olhos, tentando apagar a imagem.
De volta ao presente, Sakura chegou em casa, o corpo pesado de exaustão e culpa. Largou a bolsa na entrada, tirou os sapatos e foi direto para o banheiro. O vapor da água quente encheu o espaço, misturando-se à luz do sol que nascia e entrava pela janela, tingindo o ambiente de tons dourados. Sob o chuveiro, ela deixou a água lavar a pele, mas não os pensamentos. As memórias de Kakashi — o toque, o sabor, o som de sua voz — colidiam com as de Sasuke, tão doces e dolorosas. A culpa a sufocava, um nó na garganta que ela engolia com dificuldade.
Saiu do banho, vestindo-se rapidamente no quarto, quando uma pequena cobra preta surgiu de trás da cômoda. — Que merda! — exclamou, dando um salto, a mão instintivamente buscando a bolsa de kunais que não estava ali. Ao ver a serpente expelir um rolo de papel, ela relaxou, reconhecendo o método de Sasuke.
— Odeio quando ele faz isso. Qual o problema de usar um celular? — resmungou, pegando o pergaminho com nojo, sabendo de onde viera.
“Quase voltando. Já os encontrei. Desculpe a demora. Amo vocês duas.”
As palavras eram curtas, como sempre, mas pelo menos ele respondera. Sakura leu o bilhete mais uma vez, o coração apertado, antes de deixá-lo na cômoda e terminar de se arrumar. Ao ajeitar o cabelo no espelho, notou uma marca no pescoço — um chupão de Kakashi. Um sorriso escapou, seguido por um suspiro. — Não, Sakura! Hora de trabalhar — disse a si mesma, colocando os fones e saindo em direção à casa dos pais. Queria ver Sarada antes do plantão no hospital.
Na casa dos pais, todos ainda dormiam. Sakura preparou o café da manhã: frutas fatiadas para Sarada, café e ovos para o pai, panquecas para a mãe. O aroma de café fresco enchia a cozinha, misturando-se ao cheiro de massa dourando na frigideira.
— Bom dia, minha filha. Que disposição logo cedo! — disse a mãe, entrando na cozinha de roupão, abraçando-a por trás.
— Oi! Sim, rs — respondeu Sakura, sorrindo.
— Sasuke já voltou, então? — perguntou a mãe, pegando xícaras para a mesa.
— Na verdade, não. Ainda não sei quando ele volta. Mandou uma mensagem dizendo que tá tudo bem e que tá quase voltando. Mas, como sempre… sem data.
Enquanto arrumavam a mesa, Sakura sentiu o olhar da mãe — aquele olhar interrogativo, quase acusador. — Que foi? — perguntou, desviando os olhos, mexendo nos talheres.
— Você estava com ele, não é? — disse a mãe, a voz baixa, mas firme.
— Ele? Quem? — tentou disfarçar, virando-se para a pia, mas o peso do olhar materno era inescapável.
— Sakura, minha filha… Já te disse que isso é errado. Vai acabar mal. Pensa na Sarada, na sua carreira, na imagem do Sasuke se alguém descobrir… pensa em…
Sakura girou abruptamente, interrompendo-a: — E quem pensa em mim?! Hein?! Por que eu tenho que pensar em todo mundo?! Quem fica aqui sozinha todas as noites sou eu! Quem cria a Sarada sem pai sou eu! Quem lida com tudo sou eu! E quando penso em mim… eu tô errada?!
A explosão pegou a mãe de surpresa, que ficou em silêncio, os olhos arregalados. Mas, ao ver as lágrimas escorrendo pelo rosto da filha, ela a abraçou, a voz suavizando. — Minha filha… você não tá errada em pensar em si mesma. Meu único medo é que você se machuque com tudo isso. Também não acho certo o quanto o Sasuke é ausente, mas… é a vida que vocês escolheram. Vocês têm uma filha. Ambos precisam pensar nela.
— A gente nem conversou sobre o casamento… Quando íamos fazer isso, ele teve que sair nessa missão idiota. Já fazem dois meses — murmurou Sakura, olhando para o chão, as unhas cravando na palma da mão.
— Então vocês precisam se acertar assim que ele voltar. Não podem continuar vivendo assim. No fim, vocês dois só estão se prendendo… e sofrendo. A menos que tentem melhorar, essa relação não vai terminar bem.
Antes que Sakura pudesse responder, Sarada entrou correndo na cozinha, os cabelos pretos bagunçados, os olhos brilhando. — MAMÃE! — gritou, abraçando-a.
Sakura se recompôs, enxugando as lágrimas. — Bom dia, meu amor. Se comportou com os vovôs?
— Ela é um amor. Sempre que quiser deixar ela aqui, a gente aceita — disse o pai, entrando bocejando. — Bom dia, filha.
— Você tá chorando, mamãe? — perguntou Sarada, franzindo a testa.
— Ahnn… não, rs. Mamãe só tava com a mão molhada e passou no rosto — respondeu Sakura, sorrindo. — Vamos comer antes da mamãe ir trabalhar e você ir pra escola? Fiz saladinha de fruta pra você.
— Obaaa! — exclamou Sarada, pulando para a cadeira.
Todos se sentaram, mas a mãe de Sakura lançou um último olhar preocupado, que ela fingiu não ver.
Na noite anterior, em uma caverna próxima à fronteira do País do Fogo
A luz das tochas tremeluzia nas paredes úmidas da caverna, projetando sombras dançantes. Sasuke e Itachi estavam sentados à mesa, os pratos de comida quase intocados, o vinho tinto brilhando nas taças. O ar era pesado, carregado com o cheiro de musgo, pedra e um leve toque de fumaça.
Itachi pegou a foto que Sasuke sempre carregava — Sarada sorrindo, a bandana da Folha na testa. — Ela tá linda, Sasuke. Uma princesa! Já despertou os olhos?
— Ainda não — respondeu Sasuke, o tom suavizando. — Acho que a Sarada vai demorar… ela é muito doce.
— Irmãozinho, o sangue dos Uchihas é forte. Tenho certeza de que minha sobrinha em breve vai mostrar isso — disse Itachi, um sorriso melancólico nos lábios.
— Queria que você pudesse conhecê-la — murmurou Sasuke. — Quando acha que vocês vão poder sair das sombras? A Aliança Shinobi não deu o perdão pra vocês?
— Não é tão simples — respondeu Itachi, girando a taça. — A Akatsuki ficou muito conhecida, e, mesmo com todos acreditando que fomos manipulados pelo Zetsu, ainda somos criminosos em nossos países. Isso tá sendo negociado, mas, sinceramente, não acredito que seremos livres de verdade.
— Mesmo com toda a ajuda que temos dado? — perguntou Sasuke, a voz carregada de frustração.
— Caçar criminosos e usar o Sharingan pra fazê-los assumir nossos crimes não vai funcionar pra sempre — disse Itachi, o tom firme. — Existem casos que não temos como negar.
— Eu sei… mas mesmo assim…
— Irmão, vai dar tudo certo — interrompeu Itachi, pousando a mão no ombro dele. — Só cuide da sua família e falando nisso, teve alguma notícia da nossa suposta irmã? — perguntou, mudando de assunto.
— Nada consistente. Fui até o País dos Pássaros, mas ninguém soube dizer muita coisa além do que já sabemos — respondeu Sasuke, o olhar distante.
— Então eu continuo procurando enquanto você volta pra aldeia. A propósito, entregue isso ao Kakashi. — Itachi foi até um armário escondido na parede da caverna e pegou um pergaminho selado. — São relatórios pra Aliança Shinobi. Tem informações que o Raikage A pode usar, e sei que ele vai estar em Konoha essa semana.
— Tudo bem, eu entrego — disse Sasuke, pegando o pergaminho. — Digo que veio de você?
— Não vejo problema. Eles sabem que mantemos contato.
— Ok. Melhor eu ir. Ainda tenho que passar na casa da Karin antes de chegar a Konoha.
Itachi ergueu uma sobrancelha, o olhar afiado. — Você continua encontrando essa garota? Não tem vergonha?
— Eu gosto dela — admitiu Sasuke, desviando o olhar. — Além do mais, Karin é uma boa companhia… e não se importa com o tempo que passo fora.
— Irmão, um conselho: pare com isso — disse Itachi, a voz firme. — Se seu casamento tá ruim, converse com ela. E, se for preciso, separe-se. Isso que você tá fazendo é atitude de alguém sem caráter. E ainda por cima, ilude e usa a Karin há anos.
Sasuke ficou em silêncio, o peso das palavras do irmão o forçando a refletir. — Tá… vou tentar conversar com a Sakura quando chegar.
— Isso quer dizer que você vai direto pra Konoha, certo?
Sasuke hesitou, mas assentiu. — Ótimo. Então vá. Sua família te espera — disse Itachi, suavizando o tom. — E, quando estiver em dúvida, lembre-se: você tem a oportunidade de reconstruir o clã do jeito certo, com verdade e honra. Não quero que você se torne alguém como o nosso pai.
— Não me compara a ele… por favor — murmurou Sasuke, a voz carregada de dor.
Desde que se reconciliaram, Itachi revelou a verdade sobre Fugaku Uchiha: as tramas do clã contra Konoha, a manipulação de Shisui com o Kotoamatsukami, a traição que forçou Itachi a eliminar os Uchiha por ordem do Hokage. Danzō complicou tudo, alertando Fugaku, o que tornou o massacre inevitável. Itachi deixou Sasuke aos cuidados do Terceiro Hokage, mas o plano falhou. Apesar da dor, os irmãos se entenderam, e Sasuke descobriu os segredos obscuros do pai — incluindo a possibilidade de uma irmã no País dos Pássaros.
— Volto assim que for possível — disse Sasuke, levantando-se e deixando a caverna, o pergaminho na bolsa.
— Não se preocupe comigo. Cuide da sua família primeiro — respondeu Itachi, observando o irmão desaparecer entre as árvores, o olhar carregado de esperança e preocupação.
Continua…
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