A profetiza

Uma profecia que poderia ser a salvação ou destruição de muitos.

Depois de uma batalha catastrófica entre dois reinos, a princesa do reino Hyuuga é levada para os Uzumaki como um “prêmio”.

Naruto é o novo Sultão após um acidente inevitável ter ocorrido, ele havia se tornado por obrigação uma pessoa mais séria, centrada, impaciente e mais maduro, mas com a chegada de uma mulher de olhos perolados algumas mudanças começam a ocorrer, tanto positivas quanto negativas nele e em seu coração.

Um amor venenoso, perigoso e destruidor, poderia matá-los, sufocá-los e que podia deixá-los insanos, ambos tendo que enfrentar uma batalha consigo mesmo, juntando mais a profecia que não podia ser ignorada.

Em meio a tantos contratempos e segredos, os dois ainda teriam a chance merecida de se amar sem… se envenenar?

Teylla

Prólogo

 A profetiza

Prólogo

Por Teylla

O amor pode salvar, mas também pode destruir.

Teylla


Dizia-se através das boas línguas sobre uma profecia que rondava os desertos do Saara e outros locais iguais, uma poderosa que mudaria o destino de futuras gerações, mas pouco sabia sobre quem era os relacionados.

Uma criança nasceria de uma família poderosa com grande influência com o dom da vidência e ajudaria a consertar erros de seus ancestrais, vindo com uma benção imensa e perigosa, viria para evitar uma grande guerra, dependendo em que mãos caíssem ela poderia ser a salvação ou… a destruição.

Um homem poderia ser a salvação ou a destruição?

Essa criança irá aparecer no momento certo, cheia de graça, beleza, poder e bondade nas mãos certas, verá aquilo que mais ninguém pode, que todo mundo almeja mas não pode ter e nem ver.

Olhos que podem ler até sua alma, descobrir seus segredos e deixá-los agoniados a ponto de querer se matar por medo. 

Por anos a família Hyuuga vinha-se sofrido comentários abusivos pela sua característica marcante: seus olhos. Pessoas os chamavam de feiticeiros e com o tempo conquistaram tamanho poder e influência, calando as más bocas.

Mas por outro lado havia uma criança que nasceria no momento errado que sofreria muito adiante, mas logo achará as respostas para seu destino seguir.

O amor em meio a tempestades pode não aguentar e se romper como um fio de cabelo, mas se for cuidado com muito esforço pode sobreviver até as piores tragédias, um amor que nascerá em meio a ódio, guerra e rancor, um amor que virá para modificar, melhorar e aprimorar.

Esse será o amor da criança da profecia, ela será a abençoada.


 Arábia, 1500

O ambiente estava frio e todos encaravam quietamente o Sultão do palácio, o mesmo não aparentava uma expressão amigável em sua face, ao seu redor as paredes possuíam um contraste dos tons de azul com dourados, tendo várias pilastras de mármore clara, dando um charme no lugar, ainda havia algumas plantas em vasos de ouro tentando quebrar o clima “frio” e vazio que tinha ali, parecido com solidão.

O Sultão estava sentando de modo despejado em seu trono, estava com um turbante branco e dourado em sua cabeça, permitindo que seus cabelos caíssem lentamente ao redor, seus trajes brancos e seus colares de ouro acompanhado de seu anel de safira chamavam atenção, dando destaque a cor do seu cabelo e dos seus olhos.

Seu corpo escultural ficava amostra pelo tecido da camisa, seu ombro largo e braços um tanto musculosos estavam desenhados.

A mão do rapaz estava apoiando sua cabeça, enquanto ele tediosamente esperava as notícias que deveriam já ter aparecido, estava ficando impaciente de esperar, apesar de saber que a paciência era uma dádiva, essa era uma coisa que ele não possuía totalmente.

Os anciões e outros empregados ficavam quietos e apenas trocavam olhares, temendo a irá de seu governante, desde o ocorrido passado havia se tornado mais sério, mais frio e fechado, o que era o inverso de sua personalidade, agora as pessoas o temiam, não por completo, mas em momentos específicos.

Logo a porta da sala foi aberta com pressa, entrando um homem com uma armadura reluzente e um elmo com algumas penas vermelhas em cima, ele parecia ansioso para dar alguma notícia, logo o Sultão endireitou-se de supetão, curioso para saber o que havia acontecido na missão que ele ordenou.

Os homens presentes olhavam curiosamente para a cena, nenhum ousava falar nada, nem se meter.

— Sultão! — disse o homem arfando e se ajoelhando.

— Qual o relatório? — perguntou, levantando-se majestosamente.

— Preciso que venha comigo — avisou com um sorriso.

O Sultão arqueou a sobrancelha e olhou para trás, avistando seu amigo conselheiro, um homem de quase sua idade, com duas tatuagens vermelhas no rosto e dentes caninos, este estava com uma calça folgada e sua espada na cintura, uma blusa longa azul e o turbante da mesma cor, ele assentiu e foi até o seu amigo.

— Vamos — o Sultão disse focando a porta sem pensar duas vezes.

Logo os três saíram do espaço, arrancando um suspiro de alívio dos demais presentes.

— O que traz de novo, Shikamaru? — perguntou o Sultão com uma expressão séria, andando com destreza e beleza pelos corredores, seus passos elegantes encantavam muitas das mulheres presente.

Muitas das empregadas passavam se curvando, alguns dos corredores eram abertos, tendo fontes nas laterais, era bem bonito e esverdeado, com alguns bancos brancos de mármore, era um bom lugar para relaxar.

— Veja por si só, majestade — disse e abriu uma porta imensa revelando tesouros, joias e outras coisas. — Apesar dessa situação ser muito problemática…

O Sultão admirou a quantidade de baús cheios de ouro haviam presente, algumas colheitas, peças de prata, armas e outras coisas necessárias para fazer seu reino crescer cada vez mais e ajudar aos moradores que viviam ao redor.

Mas ainda havia uma preocupação que rondava sua mente, o que havia sobrado do reino rival.

— O que não é problemático para você, Shikamaru? — cortou o Sultão rindo e cruzando os braços. — Qual a situação do reino rival? — sua expressão séria havia tomado vez, logo cruzou os braços.

— A pior possível, destruímos tudo, senhor — respondeu com pesar na voz, não havia sido o planejado, ele não tinha ordenado que tudo fosse destruído.

— O quê? — ele arqueou a sobrancelha, sua voz mostrava irritação, queria bater em algo, para extravasar sua raiva.

— A situação perdeu o controle, senhor — respondeu meio cabisbaixo.

O Sultão o pegou pela gola abaixo de sua armadura e o puxou para perto.

— Perdeu o controle, você diz… — disse. — Onde esteve, Shikamaru? Sei muito bem que não deixaria algo perder o controle — prosseguiu, soltando-o e se afastando, pôs a mão na testa, pensando em algo o que fazer.

Logo ouviram um rugido e o Sultão olhou para o lado, vendo um tigre parado em frente a porta onde estavam, parecia preocupado ao ouvir a voz do dono irritado, como se viesse procurar saber se precisava de ajuda.

— Kurama… — O Sultão se abaixou, acariciando a cabeça do tigre que aceitou de bom grado.

Shikamaru respirou fundo, comprimiu os lábios, umedecendo-os e engoliu em seco, estava um pouco nervoso, tinha que admitir.

— Antes de tudo, veja isso — avisou com um tom sério dessa vez, o soberano virou-se para ele.

— O que tem para mostrar? — Kiba perguntou se aproximando.

O Sultão se manteve quieto, estavam em uma sala branca e aconchegante, havia duas portas que levavam para lugares distintos, o teto era fundo com janelas abertas, permitindo que ventasse e o sol entrasse, iluminando o local, deixando-o mais caloroso e belo, o chão dava para ver seu reflexo.

Shikamaru abriu espaço para que os dois pudessem ver e abriu uma porta.

O Sultão se meteu no meio dos de ambos, os empurrando e meneou a cabeça para o lado, espremendo os olhos.

— É uma mulher? — questionou, semicerrando o cenho.

— Sim — respondeu.

O soberano avistou um pequeno corpo magro, mas belo, com as mãos presas em uma algema, encolhida perto de um mastro de madeira, o cabelo preto azulado cobria sua face e parte do seu corpo, estava com uma saia preta bordada de pedras preciosas peroladas e a parte de cima era da mesma cor com pedras peroladas e haviam três fios em cada braço que sustentava um pano da mesma cor, como se fosse uma manga.

— Quem é ela, Shikamaru? — perguntou sem tirar os olhos dela, estudando-a.

— Ela é…

— Ei, Naruto, não acha que ela parece pertencer a alta classe? — Kiba se intrometeu na frente, apoiando o braço no ombro do loiro.

— Sim, é verdade — concordou.

A morena parecia ter “despertado” com as vozes do local, ela virou um pouco sua cabeça, com a franja e parte do cabelo grudado no rosto e logo assustou-se, encolhendo-se para trás, parecia estar perdida.

Ela olhava de um lado para o outro em busca de respostas.

Naruto a encarou curioso, ela era realmente bela e intensa, logo o mesmo olhou para Shikamaru, esperando resposta.

— Ela é Hinata Hyuuga, filha do Sultão Hiashi Hyuuga — respondeu de prontidão.

A mesma levantou a cabeça e seu olhar encontrou o do Sultão, enfeitiçando-o, ele achava um olhar realmente belo e misterioso.

Aquele olhar que poderia ler até uma alma se quisesse, o olhar marcante da família Hyuuga que dava medo em qualquer um, mas que naquele momento parecia estar pedindo acolhimento e proteção, como se tivesse com medo de algo que nem havia acontecido ainda, porém desconhecido por muitos.

— O que ela está fazendo aqui? — perguntou, agora olhando para ele, um tanto irado.

— Hiashi… — tossiu, tentando limpar a garganta e logo respirou fundo. — Ele se matou.

Naruto arregalou os olhos e olhou para o pequeno corpo encolhido, e um misto de sentimentos apareceu em seu peito que nunca mais havia tido, um sentimento de uma quase preocupação ou até piedade.

— Como?! — Kiba perguntou de forma chamativa, tirando a pergunta da boca de Naruto, se metendo na frente dos dois.

Shikamaru parecia ter pena da garota, seu olhar apesar de quase nunca demonstrar algo, hoje parecia abalado, como se tivesse vivenciado coisas que não queria.

— Não aguentou, se matou enquanto oferecia sua filha, chamando-a de… maldição — Shikamaru sussurrou a última parte e parecia esconder algumas coisas que não queria dizer.

Naruto estava de braços cruzados, analisando Shikamaru e depois encarou a mulher que estava à sua frente, respirou fundo e passou a mão na boca, descendo até o queixo, pensando no que iria fazer.

— Conversaremos mais tarde sobre isso, Shikamaru — disse, percebendo que ele não queria falar na presença dela.

Kurama saiu de trás de Naruto e foi até a mulher, aproximando-se e cheirando-a, ela se encolhia com medo e logo o animal parou para encará-la e a mesma o olhou no fundo dos olhos, o animal estava sem expressão, parecia estar encantado.

— Qual o seu nome? — Naruto se aproximou, agachando-se à sua frente, mesmo tendo uma ideia do nome.

Ela abriu a boca para responder, mas logo fechou e virou o rosto com sua face sendo coberta pelos fios negros.

O loiro suspirou e levantou-se, passando por Kiba e Shikamaru com maestria.

— Tragam-na — ordenou ao sair, sendo acompanhado por Kurama.

Shikamaru arqueou a sobrancelha e balançou a cabeça e Kiba apenas pôs as duas mãos na cintura.

— Desculpa… mas teremos que levá-la daqui — avisou Shikamaru, puxando-a com delicadeza.

Ela parecia estar assustada, olhava de um lado para o outro, enquanto a cada passo que dava fazia o barulho, como se dançasse.

Naruto seguia em frente com a cabeça erguida, o que atraía as várias odaliscas no local, ele era muito bonito e chamava atenção pelo seu cabelo loiro e olhos azuis como o mar, sua seriedade deixava as pessoas intrigadas.

A morena passava, chamando atenção de muitos, com vários cochichos ao redor.

— É uma Hyuuga! — comentou uma ruiva.

— Será uma nova concubina? — questionou a companheira. — Espero que não, Tayuya…

— Claro que não, ela é do reino rival, obviamente foi capturada apenas para mostrar poder ou coisa assim — respondeu com os braços cruzados, encarava a mulher enquanto um sentimento ruim crescia em seu peito.

Naruto abriu a grande porta que levava para seu quarto.

— Pode soltá-la, Shikamaru — disse, enquanto sentava-se em cima de várias almofadas.

Hinata ajoelhou-se e o encarou, deixando-o sem jeito.

O Sultão observou cada passo que a Hyuuga havia feito, ao balançar dos seus quadris que melodicamente tinha um som bom, até seu rosto corado.

— Então… O que acha de entrar em meu Oasis? — questionou, pensando nessa ser a única solução para ela, não poderia matá-la e nem pô-la como empregada/serviçal do palácio, não seria fácil para ela.

Shikamaru parecia surpreso e trocou olhares com Kiba, o mesmo deu de ombros.

Hinata levantou a cabeça, encarando-o no fundo dos olhos dele, causando um arrepio, a mesma estava sem expressão, parecia ter sofrido muita coisa e a cada vez que ela olhava para ele, parecia que ela lia sua alma, via coisas que não queria dizer e sentia coisas que preferia não sentir.

— Seu… O-oasis? — ousou perguntar, sua voz doce enfeitiçava qualquer um, parecia uma melodia.

— Sim, dedicado para as melhores mulheres — respondeu. — Você sabe dançar? — questionou, pegando uma taça de prata, bebericando-a.

— S-sim… — respondeu, segurando as duas mãos.

— Você será minha Odalisca — avisou, levantando-se e ficando de costas para ela, olhando para a janela que tinha. — É o melhor que posso fazer para você.

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