Ao Seu Lado – Capítulo 1 – NaruHina

Ela acaba de passar por uma experiência horrível, seu pai não consegue vê-la frente à frente então decide colocá-la em um colégio interno. Tudo que queria era apenas morrer! Diante dos problemas diários de uma escola… Um loiro passa a perturbar seus pensamentos… Será que podia ser ele que ajudaria a esquecer do passado e pensar em um futuro bom? Capa perfeita feita pela maravilhosa @Milleds
Esta é a parte 1 de 2 da série Ao Seu Lado



Capítulo 1 – Cabeça para baixo

Sinopse:
Ela acaba de passar por uma experiência horrível, seu pai não consegue vê-la frente à frente então decide colocá-la em um colégio interno.
Tudo que queria era apenas morrer!
Diante dos problemas diários de uma escola… Um loiro passa a perturbar seus pensamentos…
Será que podia ser ele que ajudaria a esquecer do passado e pensar em um futuro bom?
Capa perfeita feita pela maravilhosa @Milleds

Taty-Naruhina

Era um belo dia de verão, fazia calor mesmo sendo tão cedo. Naquele dia eu estava muito anciosa, pois minha familia tinha decidido fazer uma viagem para o interior do pais para finalmente conhecer os membros restantes da nossa família! Levantei correndo e fui para o banheiro fazer minha higiene matinal e corri para o quarto da minha irmãzinha Hanabi.

    Ela estava totalmente “jogada” em sua cama, o que a deixava mais fofa, Hanabi tem o cabelo castanho escuro com longas franjas e seus olhos são iguais aos meus, perolados. Sentei-me na ponta de sua cama.

    – Hanabi acorda dorminhoca. – Disse cutucando suas bochechas com a ponta do dedo.

    – Mais 5 minutinhos… – Disse virando-se para o outro lado e cobrindo a cabeça.

    – Não Hana, já esta na hora de levantar, vamos acabar nos atrasando, levanta! – Falei a balançando gentilmente.

    – Atrasar? – Disse ainda com a cabeça coberta.

    – Já se esqueceu da viagem irmãzinha? – Disse tocando sua perna.

    Num pulo a pequena se levanta. – Viagem… viagem… viagem…

    Mostrei um sorriso, levei ela para banheiro ajudei em sua higiene e em colocar uma roupa adequada para tal acontecimento. Hanabi desceu as escadas cantarolando quando sentimos o cheiro do café da manha vindo da cozinha, corremos nos sentando em nossas tipicas cadeiras de sempre. 

    – Bom dia Mamãe , bom dia Papai. – Falamos juntas o que fez ambos darem risada.

    – Bom dia minhas amadas filhas. – Disse Mamãe depositando um beijo em nossas testas.

    – Bom dia Hina, bom dia Hana. 

    Papai era atencioso e amoroso do jeito dele. Para a viagem iriamos eu, Hana e Mamãe. Papai decidiu não ir pois tinha que terminar o trabalho do serviço. Ele trabalhava no maior escritorio de contabilidade que existia no Japão.

    Por volta das 11 da manhã já estávamos todas prontas para partir, mamãe deu um longo e demorado abraço em papai dizendo que estaríamos de volta amanhã pela noite, papai abraçou Hanabi e a mim dando um beijo em nossas testas e dizendo para cuidarmos da mamãe, apenas olhamos para ele com um sorriso nos lábios, confirmando com um aceno.

    Passamos 2 horas na estrada, Hanabi foi reclamando o caminho todo, ora pedia um sorvete ou salgadinho ou perguntando se estávamos chegando.

    Ao chegar no nosso destino, encontramos primeiro um rapaz de longos cabelos marrons escuros, pele clara e com os olhos parecidos com os meus, nos aproximamos dizendo que tinhamos vindo para uma visita e conhecer a família.

    O rapaz se apresentou dizendo que se chamava Hyuuga Neji, que para mim por sinal é um rapaz muito quieto, falava apenas o necessário e observava tudo com muita atenção, Hanabi grudou no rapaz dizendo que ele era muito bonito e fazendo o mesmo corar.

    O fim de semana passou muito rápido enquanto estávamos na casa de nossos tios, no domingo arrumamos nossas coisas e partimos para casa, o que não contávamos é que pegaríamos um violento temporal na volta.

    Hanabi dormia no banco de trás, eu estava no bando de passageiro junto da mamãe conversando em como havia sido legal nosso fim de semana e em conhecer mais membros da nossa família, quando na nossa frente um carro parou bruscamente fazendo com que mamãe freasse, porém o mesmo não parou, começou a derrapar por causa da forte chuva, paramos quando batemos no veículo que estava à nossa frente, sentimos outro impacto quando um carro bateu em nossa traseira, a chuva não estava facilitando em nada! No outro sentido, deveria ter acontecido algum acidente também, por que no mesmo instante do outro lado da avenida um caminhão desgovernado entrou na contra mão vindo em nossa direção.

    Fiquei desesperada, mamãe pediu para que descesse do carro o mais rápido possível enquanto ela tirava Hanabi do banco de trás, mas minha porta não abria estava emperrada para meu total desespero, o caminhão buzinava e o motorista gesticulava e gritava dando a entender que não conseguia parar o mesmo.

    Pulei para o banco de trás na tentativa de ajudar a tirar Hanabi do cinto, quando consegui era tarde demais, mamãe apenas nos abraçou e disse que nos amava. O caminhão nos acertou fazendo que nosso carro capotasse várias vezes até cair em um lago que estava ao lado da avenida.

    A água entrava muito rápido dentro do carro, mamãe e Hanabi estava desacordadas, eu as chamava e nada. Não sabia o que fazer. Apenas gritava na tentativa de alguém nos ajudar.

    – SOCORROOOOOOO SOCORROOOO!

    Nesta hora me amaldiçoei por não ter feito as aulas que papai tanto queria de natação, pois não sabia nadar, como faria para salvar mamãe e Hanabi? Segurei Hanabi para que ela podesse respirar, mas algo prendia seus pés, eu não conseguia soltá-la.

    A água continuava a entrar, mamãe acordou, soltou Hanabi e nos empurrou para que saíssemos  de dentro do carro, mas seu pé ficou preso no cinto de segurança, que antes prendia minha irmã e fazendo com que fosse levada junto com o carro para o fundo do lago, eu não sabia o que deveria fazer pois estava segurando Hanabi enquanto boiavamos. Eu apenas chorava, com minha pequena irmã desacordada em meus braços, quando o resgate chegou. 

    No hospital ligaram para o papai avisando do ocorrido. Quando chegou ao hospital foi nos ver desesperado e perguntou sobre o nosso estado e da mamãe, na mesma hora relataram  sobre o afogamento e do estado que nos encontrávamos, sendo que o estado da Hanabi era o mais alarmante, pois quando fomos resgatadas ela respirava com dificuldade, havia bebido muita água e acabará em coma devido uma batida na cabeça.

    Para falar a verdade não sabiam se Hanabi iria sobreviver pois tinha sido uma fratura muito profunda. Papai não aceitava que mamãe tinha morrido. A imagem dela afundando junto com o carro e olhando em meus olhos não saia da minha cabeça.

    Passou-se 2 semanas, havia recebido alta, porém minha irmãzinha não resistiu e acabou falecendo, estávamos hoje fazendo o velório dela. Nas semanas seguintes papai quase não falava comigo, como também não me olhava.

    Apenas dizia que ao olhar para mim lembrava-se muito de mamãe, era verdade pois eu era praticamente a copia dela, no tom de pele, cor de cabelo e até na personalidade eramos iguais. Um dia estranhei que papai bateu na porta de meu quarto no horário de dormir dizendo que precisava conversar comigo.

    – Posso entrar Hina?

    – Claro papai.

    – Hina, não sei como dizer isso, mas amanhã você precisará fazer suas malas! – Meus olhos se arregalaram… Estaria meu pai me colocando para fora de casa? 

    – Mas porque? O que fiz?

    – Calma, não precisa se assustar! É que estou sobrecarregado e não tenho tempo para cuidar de você!

    Antes que o mesmo terminasse o interrompi. – Não ligo papai! Quero apenas ficar aqui com o senhor! – Ele negou com a cabeça.

    – Será melhor assim minha filha, você ira para um colégio interno, suas aulas começam está semana, terá um dia para conhecer o local e se instalar.

    Lágrimas caiam dos meus olhos, não podia acreditar que meu pai estava fazendo aquilo comigo, por mais que eu passasse o dia sozinha não dava trabalho algum para ele, até gostava porque assim ninguém via a hora em que chorava pela memória do acidente e da perda!

    – Não papai por favor…

    – Sinto muito minha filha, mas é para o seu bem e para manter minha sanidade! – Meus olhos fitaram os de meu pai. – Sim filha, minha sanidade. Pois não consigo conviver com a cópia de minha falecida esposa dentro de minha casa. Sei que não tens culpa, mas esta sendo difícil de digerir a morte de sua mãe e de Hanabi!

    Depois daquele desabafo a única coisa que fiz foi chorar, meu pai não me queria por perto pelo fato de ser parecida com minha mãe.

    – Tudo bem amanhã estarei pronta para partir! – Disse olhando para minhas mãos enquanto lágrimas desciam de meus olhos.

    – Sinto muito minha filha, aos domingos você pode vir para casa se quiser, mas na segunda tem que voltar novamente para o colégio.

    Apenas confirmei com a cabeça.

    – Err… Hina nesse colégio tem várias atividades que você poderia se inscrever, você é uma ótima cantora e compositora, porque não tenta algo?

    – Hum… não sei, gosto de cantar mas sou muito tímida.

    – Tente, vamos fazer o seguinte, pense que é apenas um tempo para nós,  ok? Assim que sentir que tenho condições de ter você novamente comigo sem sentir essa dor no peito te tiro de lá tudo bem?

    – Tudo bem papai, vou dormir, boa noite vossa benção.

    – Que kami a abençoe e te proteja minha filha.

    Meu pai passou pela porta fechando-a, sabia que aquela promessa seria quebrada, pois meu pai jamais esqueceria mamãe. Decidi arrumar minhas coisas para que de manhã não precisasse correr ou atrasar papai.

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Uma resposta

  1. Ai meu Deus, doeu meu coração aqui. A morte da mãe e da irmã foi muito triste, e agora essa situação do pai dela mandando ela para o colegio interno, mesmo ela nao querendo. Vamos ver o que aguarda a nossa Hinata.

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