Rewrite the Stars – Capítulo 4 – Entre a Vida e a Morte

Esta é a parte 4 de 6 da série Rewrite the Stars



Enquanto me dirijo às pressas até a sala de cirurgia para realizar a operação outro enfermeiro aparece com novas informações.

— Dr. Haruno estes são os exames de imagem que acabaram de chegar do paciente. O enfermeiro diz.

Olho para as imagens, uma ressonância do crânio e outra da coluna, além de tomografias, e raio-x. Aparentemente ele estava em batalha antes de chegar aqui. A lesão do crânio era recente, mas a região afetada era um local delicado.

Os exames da sua coluna também apresentavam uma pequena lesão na medula óssea. E isso me deixa em alerta, pois por mais que eu me esforce em te trazer de volta, pelo resultado dos exames fica difícil em saber se sua recuperação será definitiva apenas com essa cirurgia. Adentro a sala, faço higienização de mãos, e com ajuda da equipe cirúrgica dou início à operação. Ino acabara de chegar para me ajudar também.

— E então Sakura quem é o paciente?

Olho para trás apontando para Sasuke.

— Por Kami eu não acredito. — Ino diz fazendo uma expressão de surpresa.

— Você está bem para opera-lo Ino?

— Claro testa, eu estava bebendo apenas suco. — Mas e você?

— Estou bem. — Disse com um sorriso, mas na verdade tinha receio de dar algo errado.

Sem mais delongas nos posicionamos para começar a operação. A equipe foi formada às pressas eu estava à frente como cirurgiã-chefe e a Ino como cirurgiã auxiliar, além de mais 2 instrumentadores cirúrgicos, 1 anestesista, 1 enfermeiro, 2 técnicos de enfermagem, 1 técnico de raio-x, pois Sasuke lesionou a coluna e precisávamos tomar cuidado ao posiciona-lo para não agravar seu estado.

Dou início a cirurgia usando o bisturi de chakra fazendo um pequeno corte na região um pouco acima da nuca. A região lesionada estava bem inchada então usei a palma mística para ter um resultado melhor. Apesar do meu esforço, mexer nessa região é muito delicado qualquer erro pode levar a vida do meu paciente.

Em certo momento durante a cirurgia, a equipe foi trocada. Me dei conta que o dia já havia amanhecido, passei a noite toda operando até que finalmente obtive um melhor resultado. Assim que ia para a coluna, o improvável aconteceu, o hospital teve uma queda de energia.

Não podia esperar até que o gerador fosse ligado, o respirador conectado a Sasuke apagou e ele começou a ter uma parada cardíaca. Usei novamente o bisturi de chakra e comecei a fazer o bombeamento manual do seu coração. Do mesmo jeito que fiz com o Naruto na guerra.

Não conseguia pensar em mais nada, estava agindo de maneira totalmente profissional e precisava salvar mais uma vida. Enquanto estou tentando, reanima-lo ouço um dos enfermeiros dizer a Ino que o gerador de energia havia sido queimado e parece ter sido criminoso. Por sorte mandei que colocassem um gerador reserva que poucas pessoas de minha confiança sabiam onde ficava, e logo em seguida a energia voltou.

Já estava quase no limite das minhas reservas de chakra, diferente de Ino que teve uma pausa, eu me mantive o tempo todo ao lado de Sasuke, não descansei. Mas consegui mantê-lo vivo até que o respirador voltasse a funcionar. Ino estava cuidando dos olhos, estavam lesionados, mas logo depois ouço ela dizendo que estavam curados externamente.

Passaram-se mais algumas horas, e consegui finalizar a cirurgia, a lesão na coluna foi tratada, mas só após Sasuke despertar que irei ter certeza. Saio da sala de cirurgia exausta, não sei se fiz um bom trabalho. Pela primeira vez eu duvidei do meu esforço, olho o calendário e estava marcando segunda-feira e o sol começava a aparecer. Passei mais de 30 horas no centro cirúrgico. Dou alguns passos em direção ao meu consultório e vejo tudo apagar à minha frente.

Por Ino

 — Pode me relatar o que aconteceu? — Ino pergunta a um enfermeiro que estava próximo ao local do acidente.

— Pois bem Dra. Yamanaka. Eu estava retornando do meu intervalo quando vi uma pessoa com jaleco do hospital correndo para longe de onde estava o gerador. — Quando ela me viu cobriu o rosto, mas estava escuro e não pude reconhecer quem era. — Logo houve depois um pequeno estrondo e começou a pegar fogo. — Me desculpe não poder dar mais informações, doutora.

— Pode ter certeza que sua informação foi de grande ajuda, irei reportar ao Hokage imediatamente, obrigada.

— Com licença. — O enfermeiro diz se retirando do consultório.

[No escritório do Hokage]

— Então quer dizer que foi um incêndio criminoso provavelmente causado por alguém da própria equipe médica? — Kakashi diz.

— Sim, Sr. Hokage. — Foi o que um dos meus enfermeiros relatou.

— Realmente é um caso que devemos nos preocupar. — A pessoa que fez isso estava disposta a matar alguém de dentro do hospital, sem se importar com os outros pacientes.

— Como é possível existir uma pessoa tão cruel assim.

— Também não sei. — Mas vou pedir ao Sai que monte uma equipe Anbu para investigar o local e procurar possíveis provas para pegar o culpado. — Suspeito que ele ainda não tenha conseguido seu objetivo e pode voltar a atacar.

— Muito obrigada! Sr. Hokage. — Agora preciso voltar ao hospital para ver como Sakura está.

— Por favor já disse que não gosto que me chamem Hokage. — E a Sakura está melhorando? — Me senti um pouco culpado chamando-a em cima da hora para salvar aquele paciente.

— Oh! Tá! bom Kakashi-Sensei Ela está bem sim, só precisa de repouso. — E o Sasuke também.

— Era ele mesmo. — Meu palpite então estava certo. — Mas você deveria descansar, Acredito que foi cansativa a cirurgia.

— Estou bem, mais tarde eu descanso. — Preciso falar com a Divisão Sensorial ainda. — Esboço um sorriso tentando disfarçar o cansaço que não passou despercebido pelo mesmo.

— Tudo bem então. — Se cuida.

Despeço-me do Hokage e retorno ao hospital.

[No Hospital]

— ONDE ESTÁ MINHA NOIVA?

Ao chegar na recepção me deparo com Kurayami aos gritos com os funcionários da recepção.

— Boa tarde Dr. Kurayami em que posso ajudar. — Respondo de maneira calma.

— Boa tarde Dr. Yamanaka, desculpe a minha ignorância. Liguei para Sakura por 3 dias, mas não tive retorno e fiquei preocupado.

Ignorância? Deixe-me ver você destratando meus funcionários de novo para ver se não acabo com você. Pensei.

— Tudo bem Dr. Tsuki. Vejo que está procurando pela Testuda. — Me acompanhe vou levá-lo até o quarto que ela está.

— Quarto?

— Sim. — Ela passou os últimos três dias realizando uma cirurgia de risco em um paciente. — Gastou muito chakra e está repousando.

— Me desculpe. — Eu não sabia. Respondeu mirando o chão.

Levo ele até o quarto.

— Vou deixar vocês dois a sós.

Por Sakura

Abro meus olhos com dificuldade devido à luz do sol refletida na janela. Percebo que ainda estou no hospital. Olho para minha mão com uma punção ligada a um soro. Na poltrona a minha frente observo meu noivo deitado dormindo. Porque ele está aqui? O que aconteceu? Mexo-me causando um leve barulho o acordando.

— Oi amor, ainda bem que acordou. — Estava aqui preocupado.

— O-o que aconteceu?

— Não sei os detalhes, mas a Dr. Yamanaka me disse que te acompanhou numa cirurgia por 3 dias seguidos.

— Matsui.

Será que ele está bem? Onde ele está? Penso me recordando de tudo que aconteceu.

— Quem?

— O paciente que fiz a cirurgia.

Omiti a verdade sobre o nome de Sasuke porque para alguns ele ainda é conhecido como uma ameaça para as nações, não sei qual seria a reação de Kurayami ao saber que tive uma amizade com ele. Então nunca citei o nome de Sasuke perto dele.

— Não sei, não perguntei-lhe.

— Tudo bem.

— Quer algo.

— Poderia trazer um copo de água.

— Sim. — Só um momento que vou buscar.

Enquanto meu noivo se retira do quarto volto meus pensamentos a Sasuke. Como será que ele está? Disperso-me dos meus pensamentos com a chegada de dois enfermeiros que vieram trocar meu soro.

— Ei você tá sabendo daquele paciente que acabou de passar por uma cirurgia de risco?

— Não. — O que aconteceu?

— Ele teve complicações no pós operatório e não resistiu.

E saíram do quarto.

Ao ouvir aquilo, um misto de sentimentos começa a percorrer o meu corpo. Me recolho na cama querendo não acreditar ser você. Não pode ser você.

Kurayami retornou com a água me encontrando aos prantos.

— Ei o que houve? — Eu fui buscar sua água e quando volto você está chorando.

— Não é nada. — Só não queria estar aqui. — Queria estar cuidando de meus pacientes.

— Ei não fique assim logo você vai estar melhor. — E não mexe muito esse braço para não perder o acesso.

— Eu ficarei aqui com você até que durma novamente. — Amanhã cedo estarei voltando para Suna.

— Obrigada Kurayami.

Pouco tempo depois adormeci devido ao remédio. Enquanto dormia tive um sonho, estava num campo coberto de flores acompanhada de uma pessoa mas não conseguia vê-la apenas uma sombra, não fiquei com medo. Ao contrário me passou muita segurança, e permaneci com esse sonho durante todo o dia.

Por Ino

[Na Divisão Sensorial]

Apesar de estar exausta por auxiliar Sakura na cirurgia durante 30 horas, não queria deixar transparecer o meu cansaço físico, depois de ouvir o enfermeiro e passar as informações para o Kakashi, reuni todos os membros da divisão sensorial para uma reunião de última hora. Passei a manhã inteira só revolvendo isso.

Ainda tínhamos poucas informações sobre os suspeitos, mas só de saber que se trata de alguém de dentro do hospital, orientei a todos a ficarem em alerta para qualquer suspeito, e que monitorassem melhor os portões da vila, para melhor controle de entrada e saída dos cidadãos, não sabemos como é o inimigo, toda cautela é possível.

Andando meio desnorteada pelas ruas a caminho de casa me encontro com Sai vindo correndo em minha direção.

— Ei, amor está tudo bem com você?

— S-Sai é você. Com a voz fraca mal consigo pronunciar seu nome, me aproximo, mas antes de chegar perto de seu corpo, caio de exaustão.

Não sei por quanto tempo dormi, mas quando acordei já era noite e Sai estava em minha casa preparando uma sopa. Me levanto, e fico sentada no sofá o observando, até que ele me nota.

— Ei amor já acordou. — Espera só um pouco que eu já estou indo com a sopa que você pediu.

— Pedi?

— Sim enquanto dormia, disse que queria tomar sopa e não queria ir para o hospital. — Então te trouxe pra sua casa.

— Como cheguei aqui?

— Te trouxe no colo.

— V-você o quê?

— Quando te encontrei você estava cambaleando, corri em sua direção e chegando a tempo, você caiu sobre meu ombro.

— Nossa, não me lembro de nada disso. — Fico corada.

— Que foi? — Vai dizer que não posso carregar minha namorada mais?

— Na-não é isso. — Só que pensei que conseguiria chegar em casa sozinha.

— Pensei em te levar para o hospital mas você disse que não queria ir. — Preferia vir para sua casa. — Então te trouxe.

— Eu disse isso? 

— Sim. — E ainda ficava me beliscando enquanto te carreguei.

— E… Eu falei mais alguma coisa?

— Sim, disse que amava só a mim, e que queria ficar comigo essa noite, e que eu te fizesse massagem.

— Você está mentindo. O encaro fazendo uma expressão duvidosa. 

— A parte final sim, mas a parte que você disse que me ama é verdade. — E uma pessoa da divisão que estava passando é testemunha.

Ele responde com um sorriso que me deixa em dúvida se é mesmo verdade. Mas acabo cedendo. — Obrigada por ser tão atencioso comigo.

— Estou aprendendo a cada dia com você, obrigada por me dar atenção primeiro.

O abracei e logo seguimos para a mesa de jantar, Sai sabe poucas coisas mas até que na cozinha ele consegue se virar. Fico até impressionada com ele as vezes. Após provar a sopa feita pelo moreno, fui tomar um banho quente que o mesmo já havia deixado preparado para mim. O provoquei chamando para tomar um banho junto mas o mesmo estava muito envergonhado.

Após terminar, senti parte da dor muscular sumir, Sai havia colocado algumas ervas medicinais na banheira que ajudavam a relaxar, mas eu precisava de mais, e só ele seria capaz de me dar isso. Quando volto o mesmo está terminando de arrumar a cozinha.

— Você… Pode ficar aqui essa noite? Disse com o rosto levemente corado.

— Não precisa nem pedir, eu já planejava te fazer companhia. — Vou ficar até que melhore. — E se você quiser eu também faço a massagem.

Parece ter lido meus pensamentos, enquanto dava passos diminuindo ainda mais o espaço entre nós. O abracei para sentir melhor o seu toque, levemente acariciava o meu nariz ao seu. Quando o mesmo me surpreendeu com um beijo, juntando nossos lábios.

Era um beijo terno, cuidadoso. Senti seu corpo apertar mais contra o meu e logo em seguida adentrou suas mãos em meu cabelo. Comecei a guiá-lo até o quarto sem parar os beijos. Abri a porta de qualquer jeito e em seguida o soltei, deitando sobre a cama mostrando parte do tronco exposto e o mesmo se preparava para a deliciosa massagem. Estava feliz porque hoje teria a pessoa que amo ao meu lado, o cansaço havia sumido então posso usar e abusar bastante dele.

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